Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Silveira: Ausência do diretor-geral da Aneel em reunião do apagão é 'ato de covardia'

Ministro eleva o tom dos ataques à direção da agência; sobre a ausência de Feitosa, a agência informou que o diretor-geral estava em inspeção a áreas atingidas pela tempestade em São Paulo

14 out 2024 - 15h22
(atualizado às 15h26)
Compartilhar
Exibir comentários

SÃO PAULO E BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez duras críticas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e declarou que houve "ato de covardia" na ausência do diretor-geral, Sandoval Feitosa, em reunião na manhã de segunda-feira, 14, na capital paulista. O ministro esteve reunido com representantes de diferentes distribuidoras, após o apagão em São Paulo.

A Aneel informou que Feitosa estava realizando o trabalho de inspeção em áreas atingidas pela tempestade e o acompanhamento de ações de recuperação de circuitos. Para a reunião solicitada pelo ministério, a diretora Agnes da Costa participou com o superintendente de fiscalização da Aneel, Giácomo Bassi.

"Todos (diretores) têm padrinho, e ficamos à mercê da vontade deles de cumprir sua obrigação. Quando se trata de prerrogativas, Aneel bate no peito e diz que tem direito. Tem que lembrar que quem tem direito, tem dever", disse o ministro.

Silveira cobrou também agilidade na regulamentação da agência sobre os pontos do decreto de renovação dos contratos de distribuidoras, que está a "passos de tartaruga". O texto do governo muda a relação contratual das distribuidoras.

Na visão do ministro, "os instrumentos para implementar energia no Brasil" são menores do que o necessário — em relação aos requisitos contratuais que podem ter um caráter mais rígido com o decreto. Para ele, a decisão sobre renovação de concessão "mexe com as estruturas do país"

"Agências precisam se adaptar em relação à sua autonomia. Autonomia todos nós, funcionários públicos, temos. Quem ganhou a eleição foi o presidente Lula, despacho com ele 1 vez por semana", disse.

Silveira afirmou ainda que concorda com o fato de as agências reguladoras serem órgão de Estado, e não de governo. Em paralelo, aponta que "nem por isso elas podem ser soberanas" e devem "ter responsabilidade com políticas públicas".

Em outra fala crítica, o ministro pediu agilidade na reestruturação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que também depende do aval da Aneel.

A autarquia federal reforçou, em nota, que se caracteriza por "ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos". Declarou ainda que "seguirá atuando de forma isenta e autônoma em prol do interesse público".

Segundo a nota, a atuação "coordenada e engajada no enfrentamento e solução dos problemas pelas empresas do setor, poderes públicos é fundamental para o pronto restabelecimento do serviço de energia elétrica para a população afetada".

Sobre a ausência de Feitosa, a Aneel informou que o diretor-geral estava, no momento da reunião, realizando inspeção em áreas atingidas pela tempestade que afetou o fornecimento na região metropolitana de São Paulo. De acordo com a agência, a inspeção já estava na programação do diretor, que conduziu no domingo, 13, uma reunião com as concessionárias que atuam no Estado de São Paulo.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade