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Sindicato dos Aeronautas rejeita nova proposta do TST e greve é mantida

Da categoria, 59,25% votaram contra a proposta oferecida pelo Tribunal Superior do Trabalho, enquanto 40,02% foram favoráveis

23 dez 2022 - 00h58
(atualizado às 08h06)
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Aeroporto de Congonhas na segunda-feira; aeronautas recusaram nova proposta e seguem com as paralisações em nove aeroportos.
Aeroporto de Congonhas na segunda-feira; aeronautas recusaram nova proposta e seguem com as paralisações em nove aeroportos.
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) recusou a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e, anunciou em live na madrugada desta sexta-feira, 23, que parte dos pilotos e comissários seguirão de braços cruzados. Da categoria, 59,25% votaram contra a proposta e 40,02% foram favoráveis.

A proposta apresentada pelo TST contemplava, entre outras coisas, a renovação da convenção coletiva na sua íntegra, reajuste de 100% do índice inflacionário dos últimos doze meses - ou seja, 5,97% nos salários fixos e variáveis, mais o acréscimo de 1% de aumento real.

A greve dos aeronautas (pilotos e comissários) seguirá para o seu quinta dia, portanto. O serviço será paralisado, das 6h às 8h, nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos (São Paulo), Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro), Viracopos (Campinas-SP), Porto Alegre, Confins (Belo Horizonte), Brasília e Fortaleza.

Em nota à imprensa, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) "considera que o movimento foi positivo nesses quatro dias de greve, dentro dos limites determinados pela Justiça" e que "é preciso deixar claro que os aeronautas estão desde o final de setembro negociando e que todas as propostas enviadas pelo sindicato patronal não eram condizentes com a pauta de reivindicações da categoria, por isso foram rejeitadas".

O presidente do SNA, Henrique Hacklaender, destacou que, além do ganho real sobre os salários, a categoria quer melhores condições de descanso. "Óbvio que se falava em recomposição salarial e ganho real, mas era mais do que isso. As empresas se negaram nesses mais de dois meses e meio a atender qualquer tipo de solicitação que visasse ao descanso, a folga e o repouso dos tripulantes. O respeito que, sim, é muito necessário para qualquer trabalhador do País. É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação. Por isso, vamos, sim, fazer uma paralisação", disse.

A categoria reivindica que as empresas "respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de três horas em solo entre duas etapas de voo".

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) alega que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as companhias - as quais, segundo o sindicato patronal, acumulam prejuízo.

Em nota divulgada na quinta-feira, 22, antes da votação da nova proposta pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) terminar, o SNEA ressaltou que negocia desde outubro com o SNA, "para preservar os direitos dos tripulantes, estendendo a validade da CCT vigente até o fim das negociações, e garantir as viagens aéreas dos passageiros, especialmente durante a alta temporada."

Estadão
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