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Sob críticas e pressão, Congresso vota Orçamento hoje

Senador Jean Paul Prates não concorda com o patamar de investimentos dos militares previstos na peça orçamentária; texto destina R$ 8,3 bi para o Ministério da Defesa

25 mar 2021 - 05h10
(atualizado às 07h25)
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O líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), criticou o patamar de investimentos dos militares do Orçamento de 2021. O projeto deve ser votado nesta quinta-feira pelo Congresso Nacional e há pressão por mais recursos para obras e saúde, em meio à pandemia de covid-19.

A peça orçamentária destina R$ 8,3 bilhões para investimentos do Ministério da Defesa, um quinto (22%) do total para todo o governo federal, conforme relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC) apresentado ontem.

Jean Paul Prates vai tentar reverter a verba reservada aos militares no Orçamento de 2021.
Jean Paul Prates vai tentar reverter a verba reservada aos militares no Orçamento de 2021.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado / Estadão

O líder da minoria comunicou que o PT tentará reverter o cenário, apesar de não haver esse movimento em grupos fora da oposição.

Os militares também são a única categoria que deve ser contemplada este ano com reajuste, o que deve consumir outros R$ 7,1 bilhões dos cofres públicos, enquanto todo o restante do funcionalismo está com o salário congelado até dezembro. Como o aumento é autorizado por leis anteriores, com aval do próprio Congresso Nacional , o orçamento é obrigado a considerar essa projeção.

"Os militares vão receber reajuste salarial e um quinto dos investimentos federais enquanto a saúde está em colapso. É assim que Bolsonaro demonstra sua preocupação com o Brasil e com os brasileiros?", questionou Prates em declaração enviada à imprensa.

"É um absurdo que, num momento como este, o governo trabalhe por aumentos salariais para as Forças Armadas e deixe de lado a pandemia", afirma o parlamentar.

"Não tem cabimento eleger os militares como privilegiados no meio de uma pandemia e no rastro de um governo incapaz de reduzir despesas públicas", criticou o cientista político e fundador do Centro de Liderança Pública (CPL), Luiz Felipe D'Avila.

Estadão
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