Consórcio: bom para investir, bom para aumentar o patrimônio

Mesmo em um ritmo não tão rápido, as mulheres vêm mudando o cenário de coadjuvantes no contexto familiar e, a cada dia, dão mais um passo rumo ao protagonismo de suas vidas. Segundo dados da Uma a Uma, consultoria de inteligência de mercado especializada no público feminino, a mulher é responsável por 80% da decisão de compra de uma família. O cenário mudou até em categorias nas quais antes ela não tinha um papel tão importante, como a compra de um carro.

Por se tratar de um bem de alto valor, é preciso organização para sua aquisição, sobretudo se for um zero quilômetro. Financiamento, leasing e CDC (Crédito Direto ao Consumidor) são algumas das alternativas disponíveis do mercado para a compra de um carro, mas é o consórcio que se destaca por ser uma opção mais barata e que permite, ainda, planejamento. 

Criado por dois funcionários do Banco do Brasil em 1961, a princípio o consórcio era destinado para a compra do Fusca, da Volkswagen, sonho de consumo dos moradores de Brasília que, à época, não contava com transporte público nem com linhas de financiamento acessíveis.

O sucesso foi tanto que, em 1971, surgiu a primeira lei sobre os consórcios, que passaram a necessitar de autorização da Receita Federal para operar. Em 1991, o Banco Central assumiu essa regulamentação e é responsável por sua fiscalização até os dias de hoje, garantindo total segurança em todas as transações.

Segundo dados da consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, em todos os estados e no Distrito Federal, as mulheres recebem remuneração média inferior à dos homens. A pior situação é observada no Mato Grosso do Sul, onde a remuneração média das mulheres equivale a apenas 65,4% da recebida pelos homens. Em São Paulo, a proporção é de 79,1%.

Diante desse cenário ainda tão injusto, o consórcio surge como uma possibilidade de aumento de patrimônio e aquisição de bens de alto valor a longo prazo. Sem cobrança de juros e entrada, ele dá liberdade e autonomia, sobretudo, às mulheres, que enfrentam inúmeras desvantagens na sociedade e no mercado de trabalho. Conheça, abaixo, algumas características do modelo e por que ele deve ser considerado em uma compra.

É uma maneira de investir sem comprometer sua renda

Por ser uma modalidade de compra a longo prazo, que não tem variação de juros, você consegue se programar para poupar, mensalmente, a quantia que cabe no seu orçamento, como uma espécie de poupança. Ao fim do seu consórcio de carros, ou consórcio imobiliário, você recebe a sua carta de crédito reajustada de acordo com o indicador econômico (IPCA ou INCC, dependendo da natureza do bem) e poderá adquirir o objeto de desejo à vista, com desconto.

Não é necessário dar entrada para fazer um consórcio

Essa é uma das principais vantagens em relação a outras modalidades de crédito oferecidas pelos bancos. Ao contrário do financiamento, por exemplo, o consórcio não exige valor de entrada, o que facilita, e muito, para quem deseja comprar um bem ou serviço e não dispõe de muitos recursos no momento. Ótimo para quem deseja se programar a longo prazo.

Juros? Essa palavra não existe no consórcio!

As únicas taxas previstas no consórcio são a administrativa, o seguro (opcional) e o fundo de reserva, que nada mais são do que uma segurança da manutenção do negócio, caso ocorra algum imprevisto (inadimplência ou atraso de parcelas de outros consorciados). As parcelas são reajustadas anualmente, por conta da inflação – reajuste que também é repassado para a carta de crédito. Se colocado na ponta do papel, o valor total pago costuma ser menor do que um financiamento. Aproveite e faça agora o consórcio simulação.

Quer sua carta de crédito antes? Você pode dar um lance

Além da possibilidade de ser sorteado mensalmente e receber a carta de crédito antes do fim do contrato, também é possível dar um lance e antecipar a compra do seu bem. Funciona assim: a cada assembleia, o consorciado tem a opção de fazer um lance, ou seja, uma espécie de leilão, com o valor disponível para pagamento à vista. Quem ofertar a maior quantia leva a carta de crédito. Há também a opção do lance embutido, quando o consorciado utiliza parte do valor da carta de crédito para fazer o lance, quantia que será abatida do montante a ser recebido. No caso do lance embutido, o consorciado deve optar por uma carta de crédito com valor maior ao bem que deseja comprar.

Livre para escolher o bem ou serviço que deseja adquirir

Se você já pagou todas as suas mensalidades, ou foi contemplado pelo sorteio ou lance, chegou a tão esperada hora de realizar o seu sonho. A vantagem do consórcio é que você só precisa escolher o produto após ter a carta de crédito em mãos, que funciona como uma espécie de vale-compras. A única exigência é respeitar a natureza do bem, ou seja, não é possível comprar um veículo com um consórcio imobiliário e vice-versa.