Sony revela crescimento de 10% em sua receita com divisão de música
O conglomerado Sony publicou seus últimos resultados financeiros referente ao terceiro trimestre de 2024 na última sexta-feira (8) e revelou um aumento significativo de 10% em suas receitas ano a ano, resultando em US$ 2,93 bilhões (cerca de quase R$ 17 bilhões no câmbio atual).
Contudo, esse resultado financeiro se refere aos balanços de seus dois braços na indústria musical: a Sony Music Entertainment, que controla a música gravada na empresa, a Sony Music Entertainment Japan e a Sony Music Publishing, que gerencia as publicações de artistas.
A Sony informou em seu relatório que as receitas de música gravada cresceram 14% se comparado a 2023, resultando em US$ 1,89 bilhão (cerca de R$ 10,94 bilhões), considerando que o streaming obteve um crescimento de 9% no mesmo período.
Já as receitas de música referentes aos formatos físicos aumentaram 22% no terceiro trimestre deste ano, totalizando um faturamento de 25 bilhões de Euros (algo em torno de R$ 154 bilhões).
Os artistas que mais impulsionaram a Sony no contexto financeiro são: David Gilmour, Travis Scott e SZA.
Outro ponto alto: a aquisição milionária da Sony Music pelo catálogo de Michael Jackson
Um tribunal de apelações da Califórnia (EUA) abriu caminho para que os representantes legais do espólio de Michael Jackson (1958-2009) vendam 50% da obra gravada do Rei do Pop à Sony Music Entertainment.
Tal decisão foi contra o desejo de Katherine Jackson, mãe de Michael, que argumentou que a venda do "bem mais valioso" da propriedade do artista violou seus desejos.
Katherine Jackson argumentou que a venda do catálogo para a Sony Music não era de interesse de seu filho e que o espólio tendia a ter seu valor aumentado com o tempo. Porém, o entendimento do tribunal da Califórnia foi diferente e que a permissão da venda estava de acordo com o testamento deixado pelo cantor.
"Os executores darão amplos poderes de venda, sem exceção para os ativos específicos em questão neste caso", afirmou o tribunal. "Como tal, o tribunal de sucessões não errou ao concluir que era intenção de Michael permitir que os executores vendessem quaisquer bens imobiliários, incluindo aqueles em questão na transação proposta."
E concluíram: "O tribunal de sucessões não errou ao concluir que era intenção de Michael permitir que os executores vendessem quaisquer ativos imobiliários, incluindo aqueles em questão na transação proposta."
Outro motivo para o referido tribunal não acatar as reclamações de Katherine Jackson é que, segundo sua observação, a mãe de Michael Jackson "perdeu o direito à sua alegação de que a transação proposta viola os termos do testamento de Michael", justamente por ela não ter abordado tal reclamação na primeira fase do processo.
Com isso, a Sony Music, que já mantinha uma relação de longa data com Michael Jackson, desde o lançamento do álbum Off The Wall em 1979 sob o selo Epic Records, poderá adquirir metade dos direitos fonográficos do catálogo do artista pelo valor de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões), considerando que o valor total da obra foi avaliada em US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,4 bilhões).
Em um outro momento de sua carreira, Michael Jackson chegou a adquirir a ATV Music, que detinha o catálogo dos Beatles nos anos 1980, algo que azedou a relação de amizade que o astro pop tinha com Paul McCartney. A Sony acabou adquirindo metade da ATV, formando a Sony/ATV Music Publishing. Contudo, a gravadora comprou a outra metade da ATV em 2016.
Em sua discografia, Michael Jackson lançou Thirller, em 1982, pela Epic Records, que se tornou o disco mais vendido de todos os tempos na indústria musical, com mais de 100 milhões de cópias vendidas.