SP ocupa o 2º lugar no ranking das 25 metrópoles com preço de imóvel "mais justo"
O mercado imobiliário de São Paulo está razoavelmente distante de um bolha, segundo o levantamento de um banco de investimento
Um novo levantamento traz a nova edição do Índice Global de Bolha Imobiliária. Essa avaliação server para montar um ranking do valor 'justo' de compra de um imóvel.
Segundo o relatório, comprar uma casa em São Paulo está relativamente barato e não há risco de bolha. Entretanto, o valor é caro para o nível de renda local, de acordo com o índice do UBS.
Por outro lado, o mesmo estudo do banco de investimentos UBS indica que é mais difícil para o paulistano comprar um apartamento em sua própria cidade, tendo em vista a renda local, do que para a média das outras localidades analisadas como Nova York, Tóquio, Londres, Singapura e Dubai, entre outras.
São Paulo
A nota final para São Paulo na edição de 2023 foi de 0,09, a segunda mais baixa, atrás apenas da Varsóvia, capital da Polônia, o que indica que seu mercado está com preços justos, em razoável equilíbrio e longe de uma bolha.
Pontuações entre -0,5 e 0,5 — faixa em que estão os paulistanos — indicam um mercado imobiliário com preços justos, na escala do UBS.
Pontuações do 0,5 a 1,5 indicam imóveis supervalorizados, e, acima disso, a cidade é classificada como em risco de bolha. É o caso da suíça Zurique e da capital japonesa, Tóquio, as duas únicas que passaram desta marca neste ano.
"Embora a disposição em pagar tenha sido sustentada por uma recuperação da renda depois da pandemia [no Brasil], uma taxa de juros a dois dígitos no crédito imobiliário sufocou a demanda pela casa própria", avaliou o UBS, em seu relatório, sobre a descompressão dos preços dos imóveis em São Paulo.
"Muitos acabaram migrando da casa própria para o aluguel, levando o valor dos aluguéis a subir quase 10% nos últimos quatro trimestres. Isso coloca o mercado [paulistano] no território dos preços justos, na nossa avaliação", conclui.
Ranking
Para fazer o ranking, o UBS avalia as condições do mercado imobiliário local sobre diversos indicadores domésticos, como em quanto o preço dos imóveis naquela cidade está caro em relação ao nível de renda, ao valor dos aluguéis ou aos preços no resto do país.
Volumes de crédito imobiliário e atividades da construção civil também são considerados se estão ficando muito grandes em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB).
Quanto mais discrepantes estiverem essas correlações, mais distorcido está o mercado, e maior a probabilidade que o UBS atribui àquela cidade estar vivendo uma bolha imobiliária. Isso é definido por meio de uma nota da cidade em referência ao mercado de imóveis.
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— Papo Imobiliário (@papoimob) September 15, 2023