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SP tem 537 mil sem luz no 3º dia após temporal; resposta da Enel ficou aquém, diz regulador

14 out 2024 - 08h53
(atualizado às 09h56)
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Pouco mais de 530 mil consumidores ainda estão sem energia elétrica na região metropolitana de São Paulo na manhã desta segunda-feira depois do forte temporal da última sexta, com ventos de mais de 100 km/h que danificaram pontos da rede elétrica, disse a distribuidora Enel São Paulo.

Na noite da véspera, representantes das agências reguladoras Aneel e Arsesp afirmaram que a mobilização da empresa para responder ao evento foi "muito abaixo do esperado", segundo uma análise preliminar, e reforçaram que a Enel será intimada, em processo que poderá levar à recomendação de caducidade do contrato da empresa.

O apagão após evento climático considerado extremo, que deixou ao menos cinco mortos na região, repete uma realidade vivida na área de concessão paulista da Enel desde o fim do ano passado, uma situação que vem revoltando consumidores e autoridades e que levou à aplicação de multas milionárias devido à demora da companhia em restabelecer a prestação dos serviços para a população.

De acordo com a Enel São Paulo, desde sexta-feira 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, enquanto 537 mil ainda estão sem luz. São 354 mil clientes sem energia na capital, 36,9 mil em Cotia, 32,7 mil em Taboão da Serra, e 28,1 mil em São Bernardo do Campo.

No mês passado, a Enel São Paulo chegou a apresentar as ações de um plano de contingência elaborado para enfrentar eventos climáticos extremos durante o verão em suas três distribuidoras, que atendem 15 milhões de clientes nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.

Segundo a empresa, estavam previstas até 2026 a contratação de 5 mil novos colaboradores próprios, para reforçar equipes de campo, e a incorporação de 1.650 novos veículos à frota.

Segundo informações da Enel e da agência reguladora Aneel, para atender ao apagão da última sexta-feira as equipes de campo da concessionária paulista foram reforçadas com pessoal emprestado pelas distribuidoras da Enel no Rio de Janeiro e Ceará e também por outras concessionária, como EDP São Paulo e Light e a transmissora ISA Cteep.

Na noite da véspera, diretores das agências reguladoras federal e estadual responsáveis por fiscalizar a prestação dos serviços de energia elétrica apontaram preocupação com a capacidade de mobilização e velocidade das equipes da Enel em responder à população após o temporal.

Thiago Nunes, presidente da Arsesp, disse que o plano de contingência apresentado pela Enel previa 2,5 mil pessoas para trabalhar no restabelecimento dos serviços em uma situação extrema como a de sexta-feira.

"Esse número ainda não foi alcançado, nós temos hoje então por volta de 1,7 mil, 1,8 mil pessoas. Passadas 48 horas dos eventos, ainda não atingiu a mobilização que era esperada em razão de um evento dessa magnitude", disse Nunes.

Já o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, destacou que desde 2018 já foram aplicadas cerca de 320 milhões de reais em multas à Enel São Paulo. Segundo ele, as duas últimas, que somam 260 milhões de reais e são referentes a eventos climáticos extremos desde o fim do ano passado, estão com pagamento suspenso por ordem judicial.

O Ministério de Minas e Energia, por sua vez, evitou fazer cobranças diretas à Enel, como no passado, e mirou suas críticas na Aneel, dizendo que a autarquia "claramente se mostra falha na fiscalização da distribuidora de energia". A pasta marcou uma coletiva de imprensa do ministro Alexandre Silveira nesta segunda-feira, às 10h, em São Paulo para comentar o caso.

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