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Spirit Aero será desmembrada em meio a acordo para aquisição pela Boeing

1 jul 2024 - 14h12
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A Boeing concordou em recomprar a Spirit AeroSystems por 4,7 bilhões de dólares em ações, e a Airbus decidiu assumir as atividades focadas na Europa da fornecedora, o que fez as ações das três empresas subirem em uma rara cisão transatlântica.

Aeronaves Boeing 737 MAX em fábrica da Boeing em Washington, EUA
21/3/2019 REUTERS/Lindsey Wasson/Arquivo
Aeronaves Boeing 737 MAX em fábrica da Boeing em Washington, EUA 21/3/2019 REUTERS/Lindsey Wasson/Arquivo
Foto: Reuters

A independência de quase duas décadas da maior empresa autônoma de aeroestruturas do mundo terminou em uma divisão entre seus maiores clientes após a última crise do Boeing 737 MAX, em janeiro, desencadeada pela ruptura de um pedaço da fuselagem da aeronave em pleno voo, que trouxe à tona dúvidas sobre a resiliência da fabricação de fuselagens.

A Boeing, que cindiu as principais fábricas da Spirit em Wichita e Oklahaoma em 2005, informou que recompraria sua antiga subsidiária por cerca de 37,25 dólares por ação, conforme noticiado pela Reuters no domingo, dando-lhe um valor corporativo de 8,3 bilhões de dólares, incluindo dívidas.

"Reunir a Spirit e a Boeing permitirá uma maior integração das capacidades de manufatura e engenharia de ambas as empresas, incluindo sistemas de segurança e qualidade", disse o CEO da Spirit, Pat Shanahan, em comunicado.

As ações da Spirit subiam 3,6% no mercado acionário dos Estados Unidos, enquanto as da Boeing avançavam 2%.

A Boeing há muito considerava recomprar sua antiga subsidiária, que, segundo analistas, tem lutado para prosperar de forma independente, apesar de diversificar seu trabalho para a europeia Airbus e outros.

NEGÓCIO DA AIRBUS

A Spirit havia sido desmembrada da Boeing em uma série de movimentos que, segundo críticos, simbolizavam um foco na redução de custos em detrimento da qualidade.

A Boeing decidiu recomprá-la após o incidente de janeiro, descrevendo isso como um esforço para resolver seus problemas de segurança e reforçar sua linha de produção.

Essa decisão levantou dúvidas sobre o futuro do trabalho que a Spirit realiza para a rival da Boeing, a Airbus, levando o CEO da aérea europeia a advertir em abril que estava preparado para vetar, se necessário, mudanças no controle das fábricas relacionadas à Airbus.

Nesta segunda-feira, a Airbus anunciou que assumirá as atividades principais em quatro das plantas da fornecedora nos EUA, Irlanda do Norte, França e Marrocos, conforme relatado pela Reuters na semana passada.

A Airbus também assumirá trabalhos menores atualmente realizados em Wichita. O acordo separado com a Airbus se deu por conta das negociações entre Boeing e Spirit e foi vagamente coordenado entre as três empresas, segundo fontes. Este acordo está sujeito à devida diligência.

As ações da Airbus subiam cerca de 3,3% nesta segunda-feira.

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