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Startup promete desburocratizar serviços no Brasil; conheça

Com investimento de membro da realeza britânica, MoneyGuru reúne serviços como planos de saúde, cartões de crédito e consórcios para agilizar o processo de contratação

15 mar 2014 - 09h00
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George Milford Haven, empresário e membro da realeza britânica, já investiu cerca de R$ 11 milhões no MoneyGuru
George Milford Haven, empresário e membro da realeza britânica, já investiu cerca de R$ 11 milhões no MoneyGuru
Foto: Lienio Medeiros / Divulgação

Uma startup promete mudar a forma como o brasileiro contrata serviços, deixando para trás as complicadas linhas de atendimento ao consumidor e papeladas “intermináveis”. Com investimento do membro da realeza britânica George Milford Haven, o MoneyGuru está operando há sete meses como teste e faz seu lançamento oficial nesta semana com três principais serviços que podem ser contratados online ou com a ajuda de “gurus” do site. 

Haven ficou conhecido em 2012, quando vendeu a startup uSwitch por 210 milhões de libras, embolsando cerca de metade do valor. O negócio iniciado seis anos antes permitia aos britânicos a comparação de preços de fornecedoras de gás ou energia elétrica. Mesmo com grana no bolso, o primo da rainha Elizabeth II não deixou de fazer novas apostas. A mais nova é o MoneyGuru, desenvolvido 100% no Brasil, que virou seu “queridinho”, enquanto as críticas ao modelo econômico do País aumentam.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/economia/infograficos/empreendedores-de-sucesso/" data-cke-933-href="http://www.terra.com.br/economia/infograficos/empreendedores-de-sucesso/">Empreendedores de sucesso</a>

Após três anos de estudos, ele explica que investir no Brasil se tornou 40% mais barato com a desvalorização do real e a startup não depende dos rumos da economia. “As pessoas sempre precisam de informação para tomar decisões. Não importa se o Brasil estiver crescendo ou não”, afirmou o marquês de Milford Haven, que já colocou 3 milhões de libras (R$ 11,7 milhões) no projeto e garantiu mais 10 milhões (R$ 39 milhões). A maior parte será utilizada para comprar espaços publicitários na televisão. Ou seja, ele não veio para brincar. 

Atualmente, é possível pesquisar e comparar preços de planos de saúde, cartões de crédito e consórcios para aquisição de casas, carros e motocicletas. O site é gratuito e basta acessar com os perfis do Facebook ou Google para que o sistema te reconheça. A ideia é que seja possível procurar, comparar e adquirir o produto pela web. Se a transação online não estiver disponível, consultores do MoneyGuru entrarão em contato por telefone para fechar o negócio e cuidar da papelada.

De acordo com o CEO Stanlei Bellan, o desafio é buscar parcerias para ofertar os serviços, mas não haverá nenhuma publicidade ou “incentivo” para que a empresa apareça melhor colocada no site. Para isso, uma equipe de “data management” trabalha para identificar e avaliar os serviços, produzindo conteúdo e dicas. Os usuários também podem fazer comentários e avaliações, além de solucionar dúvidas de outros consumidores – uma aposta no conceito de comunidade que deu certo com o app de trânsito Waze. 

A dificuldade é integrar os sistemas das empresas para possibilitar transações 100% virtuais. De acordo com Bellan, no caso dos bancos há um atraso considerável de grandes players no Brasil. “Alguns não possuem nem um formulário online para aprovação de um cartão de crédito. O site do banco manda você ir à agência”, afirma. 

Com foco nos jovens de classes C e D, o MoneyGuru busca eliminar essa burocracia e perda de tempo. A expectativa de faturamento está na "casa" de milhões de reais já neste ano, apenas com a comissão sobre as transações efetividas, já que o serviço é gratuito ao usuário.

Em sete meses de testes, cerca de 120 mil usuários únicos visitaram o site, mas o número de conversões já realizadas não foi divulgado pela empresa. Nos próximos meses, o site deve acrescentar outros serviços como telefonia, planos de TV a cabo e internet.

<a data-cke-saved-href="http://economia.terra.com.br/mais-ricos-2014/" href="http://economia.terra.com.br/mais-ricos-2014/">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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