Startups: "Antes o foco era em receita, mas agora os investidores querem resultados", diz co-fundador da Captable
Demissões em massa em startups no Brasil e no mundo estão aconcendo com frequência nos últimos meses. Na semana passada, o Grupo Primo, do influenciador Thiago Nigro - conhecido como Primo Rico - anunciou o corte de 40 pessoas. Essa é a segunda vez neste ano que a empresa demite dezenas de funcionários, somando 90 pessoas ... Startups: "Antes o foco era em receita, mas agora os investidores querem resultados", diz co-fundador da Captable
Demissões em massa em startups no Brasil e no mundo estão aconcendo com frequência nos últimos meses. Na semana passada, o Grupo Primo, do influenciador Thiago Nigro - conhecido como Primo Rico - anunciou o corte de 40 pessoas. Essa é a segunda vez neste ano que a empresa demite dezenas de funcionários, somando 90 pessoas desligadas desde maio.
Mas não foi apenas a empresa de Nigro que anunciou o corte de funcionários em 2022. Nomes como Quinto Andar, Loft, Facily, Kavak e Olist também fizeram desligamentos em massa recentemente.
Para Guilherme Enck, co-fundador da Captable, isso vem acontecendo porque o foco dos investidores que alocam capital nessas empresas está mudando.
"Antes o objetivo era praticamente em crescer receitas. Agora, o jogo virou. Os investidores estão querendo resultados. Se antes as startups conseguiam 'queimar caixa' com objetivo de crescer o mais rápido possível, agora elas não podem mais. O objetivo é outro", afirmou Enck, durante entrevista à BM&CNews.
Segundo o executivo, há alguns anos bastava que a empresa tivesse uma boa apresentação para os investidores para que os recursos fossem obtidos.
"Se tinha um founder 'show man', com uma boa apresentação do negócio, o investidor já colocava dinheiro para comprar sua entrada. Da parte dos fundadores, também não havia uma grande preocupação em gerar resultados, pois eles tinham quase que uma certeza que mais na frente conseguiriam captar em uma nova rodada caso precisassem de recursos", afirma.
No entanto, mesmo que tenha havido uma mudança de critérios, Enck não acredita que o mercado está vivendo o "inverno das startups". "Pelo contrário. Temos um mar de oportunidades", avalia o executivo.
Veja a entrevista: