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State Grid terá que recalcular preço para minoritários da CPFL Renováveis

3 mai 2018 - 12h45
(atualizado às 13h06)
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A chinesa State Grid, dona da CPFL Energia, precisará recalcular o preço de uma oferta pública para aquisição (OPA) da fatia de acionistas minoritários em sua controlada CPFL Renováveis, segundo decisão do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Funcionários em unidade da State Grid na província de Hebei, na China
18/03/2016
REUTERS/Jason Lee
Funcionários em unidade da State Grid na província de Hebei, na China 18/03/2016 REUTERS/Jason Lee
Foto: Reuters

O colegiado reformou uma decisão anterior, da área técnica do órgão, que exigia que o preço da OPA fosse elevado para no mínimo 16,69 reais por ação. Mas disse que a elétrica chinesa precisará mudar o método utilizado para avaliar o negócio, que originalmente envolveria 12,20 reais por ação aos acionistas minoritários.

A oferta é obrigatória depois de a State Grid, maior elétrica do mundo, ter comprado a CPFL Energia, controladora da CPFL Renováveis. A empresa já realizou uma oferta pela fatia dos minoritários na CPFL, líder privada no setor de eletricidade no Brasil.

Se a State Grid tivesse sido obrigada pela CVM a elevar o preço de sua oferta para 16,69 reais, a empresa precisaria desembolsar cerca de 4 bilhões de reais pela empresa de renováveis, quase 1 bilhão de reais acima de sua oferta inicial.

As ações da CPFL Renováveis, que opera cerca de 2,1 gigawatts em usinas de geração de fontes renováveis, como eólicas e pequenas hidrelétricas, abriram em queda de cerca de 6 por cento após a decisão da CVM.

Por volta das 12:40, os papéis operavam em queda de 2,11 por cento, a 14,83 reais, contra queda de 1,45 por cento do Ibovespa.

Embora tenha rejeitado a definição de um valor mínimo para a OPA, o colegiado da CVM decidiu que a empresa terá que mudar a metodologia de avaliação do valor da empresa.

O cálculo da chamada "demonstração justificada de preço (DJP)" deverá utilizar dados anuais de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia, ao invés de trimestrais, "de modo a evitar distorções decorrentes de efeitos sazonais e incorporação de visão prospectiva das companhias, a fim de refletir as diferenças em suas expectativas de crescimento", segundo a CVM.

Os demais documentos da oferta que fazem menção à DJP também deverão ser alterados, refletindo as mudanças realizadas no documento em função da decisão do órgão regulador.

A CPFL Renováveis disse em comunicado que divulgará "quaisquer desdobramentos relevantes" sobre o caso.

Uma fonte próxima aos minoritários da CPFL Renováveis que entraram com a queixa na CVM contra os chineses disse que o grupo de acionistas está satisfeito com a decisão do regulador.

A fonte, que falou sob anonimato, estimou que a State Grid deverá ter um prazo de 30 dias para reapresentar a DJP e disse que a metodologia imposta pela CVM para o recálculo foi uma das alternativas sugeridas pelos minoritários.

Simulações antes da decisão da área técnica da CVM, reformada pelo colegiado, apontavam que a metodologia poderia levar o preço da oferta para 17,67 reais por ação. Mas a nova decisão do órgão não aponta um possível novo valor para o negócio.

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