Stellantis abre novas ações judiciais contra sindicato nos EUA
A Stellantis informou nesta segunda-feira que entrou com mais oito ações judiciais contra o sindicato norte-americano United Auto Workers (UAW, na sigla em inglês) e 23 filiais locais, afirmando que a organização violou seu contrato ao ameaçar fazer greve devido a atrasos da empresa com investimentos planejados.
A Stellantis entrou com uma ação na quinta-feira contra o UAW e uma unidade do sindicato em Los Angeles por conta da decisão do grupo de fazer uma votação para autorizar uma greve, dizendo que isso viola os termos de acordo firmado no ano passado.
Os membros do UAW no centro de distribuição de peças da Stellantis em Los Angeles votaram na quinta-feira para solicitar uma autorização de greve se a empresa e o sindicato não conseguirem resolver uma questão sobre investimentos planejados pela empresa.
A montadora disse que os novos fatos motivaram uma reunião com o UAW no sábado, que propôs a reinstituição de um conceito chamado Banco de Empregos, que geralmente proibia montadoras de demitir funcionários.
A empresa chamou isso de "um fator que contribuiu para a falência da montadora em 2009" e rejeitou a proposta, dizendo que ela "colocaria em risco o futuro da empresa".
O UAW não fez comentários imediatos nesta segunda-feira, mas o presidente do sindicato, Shawn Fain, argumentou que a empresa violou o acordo ao desistir dos compromissos de investimento. A empresa alega que os investimentos sempre estiveram sujeitos às condições do mercado e que a demanda por veículos elétricos tem diminuído.
A Stellantis concordou em 2023, como parte do acordo com o UAW, em investir 1,5 bilhão de dólares em sua fábrica de montagem fechada em Belvidere, no Estado de Illinois, para construir novos caminhões de médio porte até 2027 -- parte de 19 bilhões de dólares em planos gerais de investimento.
Em agosto, a Stellantis reconheceu ter adiado alguns investimentos devido às condições econômicas, mas disse que "mantém firmemente seu compromisso."