Streaming no Brasil gerou R$ 1,4 bilhão em 2024
Ainda que o mercado norte-americano de música gravada - considerado o nº 1 do mundo - tenha revelado um tímido aumento em suas receitas equivalente a 4% no primeiro semestre de 2024, o cenário no Brasil permite até uma comemoração.
Se nos EUA, a adesão aos serviços de streaming musical cresceu apenas 2,7% em relação a 2023, no Brasil, o maior mercado fonográfico da América Latina, registrou um aumento de 13,4% no primeiro semestre deste ano pelas receitas provenientes ao formato digital se comparado ao mesmo período no ano passado.
Ao todo, as receitas de streaming contabilizaram US$ 255 milhões (algo em torno de R$ 1,4 bilhão no câmbio atual). Este resultado coloca as plataformas digitais como o produto preferencial dos assinantes brasileiros para o consumo de música. Um aumento de 21,1% em relação ao ano anterior. Os dados são da IFPI.
Considerando apenas as receitas de música digital e física, o streaming representa mais de 99% do mercado brasileiro de música gravada.
"O aumento de 21% nas receitas digitais e físicas do setor reflete diretamente os esforços e investimentos realizados pelas gravadoras, tanto na produção de conteúdos musicais nacionais, como na comercialização, promoção e desenvolvimento do carreira de milhares de artistas brasileiros", explica Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil, como reproduzido no MBW.
O executivo observa que esses números atuais da fonográfica no Brasil no primeiro semestre de 2024 revelam a "predominância da distribuição de música em plataformas de streaming de música em operação no Brasil, seguindo uma tendência global verificada nos últimos mais de 10 anos".
A música de maior sucesso no Brasil através do streaming no primeiro semestre de 2024 é Me Leva Pra Casa / Escrito Nas Estrelas / Saudade, (Ao Vivo) da cantora sertaneja Lauana Prado, faixa distribuída no país pela Universal Music.
Receitas de plataformas de streaming ultrapassam US$ 8,6 milhões em 2024 nos EUA
Ainda que as receitas provenientes de assinaturas premium de plataformas de streaming tenham tido um crescimento discreto de 2,7% no primeiro semestre de 2024 nos EUA, o retorno financeiro parece de bom tamanho: mais de US$ 8,6 milhões (algo em torno de R$ 48 bilhões no câmbio atual).
De acordo com a RIAA (Recording Industry Association of América) que representa a indústria musical nos EUA, haviam 99 milhões de assinaturas pagas de streaming musical no primeiro semestre deste ano. Considerando que o censo do país registrou 131,4 milhões de domicílios, é provável que o país esteja se aproximando de um ponto de saturação das assinaturas de música.
Essa estatística deve chamar a atenção de todo ecossistema global onde o streaming é o principal ator em vários países.
Esses números do streaming são referentes às contas de assinatura premium, não incluindo assinaturas gratuitas e limitadas.
Na atualidade, os EUA, o maior mercado musical do mundo, responde a 38% de todas as receitas brutas da indústria global, algo em torno de US$ 28 bilhões em movimentação financeira. Com essa porcentagem, ainda há muito terreno para ser conquistado pelas gigantes do streaming com o Spotify, Apple Music, Deezer, entre outros.