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Rui Costa diz que governo pode alterar alíquota de importação para baixar preço dos alimentos

Ministro ressaltou ainda que a formação de preços no país é feita pelo mercado, e não de forma artificial

24 jan 2025 - 13h33
(atualizado às 14h22)
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Para Rui Costa, o governo vai acertar no prognóstico de crescimento da economia 'e o mercado vai errar'.
Para Rui Costa, o governo vai acertar no prognóstico de crescimento da economia 'e o mercado vai errar'.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira que o governo poderá alterar alíquotas de importação de produtos que estiverem com preços mais altos no Brasil do que no mercado internacional, para baratear o custo dos alimentos no país.

Em entrevista a jornalistas após reunião sobre o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, Costa disse ainda que o ano de 2025 conta com a perspectiva de uma supersafra, o que deve aumentar a oferta e baratear alimentos. Ele ressaltou ainda que a formação de preços no país é feita pelo mercado, e não de forma artificial.

Para Costa, a elevação de preços de alimentos teve relação mais forte com a alta de cotações internacionais de commodities, algo não relacionado à economia brasileira.

"A convicção do governo é de que os preços se formam no mercado, não são produzidos artificialmente", disse.

"Nenhuma medida heterodoxa será adotada. Não haverá congelamento de preços, tabelamento, fiscalização. Ele (Lula) até brincou que não terá fiscal do Lula nos supermercados e feiras. Não terá rede estatal de supermercado ou de lojas para vender produtos, isso não existe", acrescentou.

Em 2024, a inflação no Brasil estourou o teto da meta, com alimentos colaborando para pressionar os preços, o que levou Lula a se queixar sobre os custos altos para os trabalhadores, defendendo ações para reverter esse cenário.

Costa também disse que Lula quer maior foco do governo em políticas que concentrem estímulos em produtos da cesta básica.

Ele reafirmou que uma das medidas busca reduzir o custo de intermediação das operações feitas com vale-alimentação.

Segundo o ministro, o governo também seguirá em diálogo com o setor privado para avaliar medidas, citando especificamente as redes de supermercados e frigoríficos.

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