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Suzano investirá R$1,66 bi em nova fábrica de papel sanitário, em caldeira e em celulose fluff

26 out 2023 - 19h46
(atualizado às 21h13)
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A Suzano anunciou nesta quinta-feira investimentos de 1,66 bilhão de reais para a construção de uma nova fábrica de papéis sanitários e de uma caldeira de biomassa em Aracruz (ES), bem como a conversão de uma máquina em Limeira, em São Paulo, que elevará a capacidade de produção de celulose fluff da companhia.

Os anúncios foram feitos no mesmo dia em que a Suzano divulgou resultado do terceiro trimestre, com prejuízo líquido de 729 milhões de reais e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 3,7 bilhões de reais.

A nova fábrica de papel sanitário - higiênico e toalha - será a sétima da companhia no Brasil e terá capacidade de 60 mil toneladas anuais, elevando a capacidade total da Suzano no segmento para 340 mil toneladas por ano.

A Suzano espera iniciar a produção da nova fábrica no primeiro trimestre de 2026, após desembolsos de 650 milhões de reais, os quais 520 milhões serão custeados por meio de créditos de ICMS que a companhia tem no Estado.

A empresa já tinha utilizado mecanismo semelhante por ocasião de investimentos anunciados em 2019 para uma primeira fase da reforma de sua fábrica de celulose em Aracruz.

"Isso (nova fábrica de tissue) reduz o raio médio de atendimento aos clientes e gera competitividade logística maior", disse Luis Bueno, diretor de produtos de consumo e assuntos corporativos da Suzano, a jornalistas.

Por causa da distribuição logística, o executivo afirmou que a Suzano pretende continuar operando as outras fábricas. "Vamos manter as sete fábricas", disse Bueno, acrescentando que a Suzano tem uma participação de mercado de 24% no segmento no Brasil.

Os resultados dos negócios da Suzano com papel tissue ainda não são detalhados pela companhia. Questionado, o presidente-executivo da empresa, Walter Schalka, afirmou que a unidade "não atingiu maturidade ainda" para que possa divulgar os números do segmento, mas que isso deve ocorrer "em breve".

"Tissue está se aproximando deste nível", disse Schalka, referindo-se a um patamar de relevância de modo a produzir impacto no resultado global da companhia.

CALDEIRA

Também em Aracruz, a Suzano aprovou a substituição de sua atual caldeira de biomassa, localizada na fábrica de celulose que a empresa detém na cidade. O investimento está estimado em 520 milhões de reais, e a caldeira deve entrar em operação no quarto trimestre de 2025.

Com o novo equipamento, a Suzano deve aumentar sua capacidade de geração de energia renovável - a partir do vapor produzido no processamento da celulose - o que "deve reduzir marginalmente o custo caixa", disse Schalka sem detalhar.

O equipamento representa a segunda fase do investimento em modernização da fábrica de Aracruz, que tem origem na década de 1970, disse Schalka.

Em Aracruz, os investimentos serão distribuídos entre os anos de 2024 (522 milhões de reais), 2025 (621 milhões) e 2026 (27 milhões), em termos reais e desconsiderando a monetização dos créditos de ICMS.

FLUFF EM LIMEIRA

A companhia anunciou ainda aprovação de investimento de 490 milhões de reais para produção de celulose fluff a partir de eucalipto em Limeira (SP), onde também produz papel. O material é usado em produtos que incluem fraldas e absorventes higiênicos e tem sido foco dos produtores nacionais de celulose diante de altos preços nos mercados internacionais.

Os recursos a serem aplicados em Limeira serão destinados para conversão de máquina de secagem de celulose. Com isso, "a empresa terá integral flexibilidade na produção de celulose para papel ou fluff", disse a Suzano, acrescentando que as obras devem ficar prontas no quarto trimestre de 2025.

A expectativa é que o investimento em Limeira eleve a capacidade total de produção de fluff da Suzano em 340 mil toneladas ao ano, para 440 mil já em 2025.

A companhia afirmou que o investimento em Limeira tem como base "a competitividade global na produção de celulose de eucalipto pela Suzano associada à sua visão de continuidade do crescimento da demanda por celulose de fibra curta em substituição à fibra longa ao longo dos anos".

Em Limeira, o investimento se dividirá entre 2024 (196 milhões de reais) e 2025 (294 milhões).

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