Tarcísio estima que prejuízos por queimadas em SP ultrapassem R$ 1 bilhão
Segundo o governador de São Paulo, mais de 20 mil hectares de área foram queimadas, e o prejuízo maior será na cana-de-açúcar
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) estimou que os prejuízos causados pelas queimadas em São Paulo ultrapassem o montante de R$ 1 bilhão. Em entrevista à GloboNews, nesta segunda-feira, 26, Tarcísio ponderou que o setor do agronegócio e, principalmente, da produção de cana-de-açúcar serão os mais afetados pelos incêndios.
"A gente está falando de mais de 20 mil hectares de área queimada. Muitas instalações que foram destruídas, foram afetadas. Tivemos perdas de animais, de lavouras. Muito triste de ver produtores, por exemplo, da cana-de-açúcar, que é uma cultura muito forte no estado de São Paulo, e tem sido responsável pelo bom resultado da balança comercial de São Paulo", iniciou o governador.
Tarcísio disse então que seria difícil estimar o valor dos prejuízos nesse momento, mas afirmou que "seguramente" deverão "passar da casa de R$ 1 bilhão".
"O que aconteceu tem o efeito devastador. E nós vamos apoiar o nosso agronegócio como for possível. Nós estamos com o maior seguro rural da nossa história e poderemos até aumentar esse valor", disse Tarcísio.
No domingo, 25, o governo de São Paulo lançou um pacote de ações disponibilizando R$ 100 milhões ao seguro rural. Tarcísio acrescentou nesta segunda que será aportado no Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap) mais R$ 300 milhões.
Focos de incêndios foram extintos
Ainda em entrevista à GloboNews, Tarcísio de Freitas afirmou que não há mais focos de incêndios ativos em São Paulo. Até a noite de domingo, existiam seis pontos de queimada no estado.
"Nós fizemos o reconhecimento agora pela manhã e os focos que remanesciam em Pedregulho, Paulo de Faria já foram extintos. Então, não tem nenhum foco ativo no estado de São Paulo".
O governador ainda disse que três pessoas foram presas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira, por provocar incêndios criminosos. "São pessoas que portavam gasolina e estavam realmente ateando fogo de forma criminosa", explicou.
Até o momento, o governo não trabalha com a hipótese de que a ação tenha sido orquestrada. A Polícia Civil e a Polícia Federal investigam o caso.