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Tarcísio: governo federal joga bons fundamentos fora com agenda de descontrole fiscal

Em evento do UBS para investidores, o governador de São Paulo diz que o País está 'deixando de andar na direção certa' e que a reforma tributária feita foi a 'possível'

11 nov 2024 - 16h09
(atualizado às 19h19)
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O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou nesta segunda-feira, 11, o governo Lula ao afirmar que os bons resultados da economia brasileira se dão por inércia após passar por reformas estruturantes desde 2016. "Foi um boom de reformas. São reformas que dão lastro para a economia brasileira, então os bons resultados da economia que se dão hoje são por inércia. Estamos vendo o governo jogando bons fundamentos fora com uma agenda de descontrole fiscal", afirmou durante evento do UBS para investidores.

"Estamos perdendo oportunidade. Estamos deixando de fazer o que deveríamos fazer e deixando de andar na direção certa. Dá para mexer duas ou três alavancar e colocar a coisa no rumo certo novamente. E a gente tem de falar de desindexação do mínimo, tem de falar de desvinculação de receitas e temos de falar de um reforma administrativa que imponha um corte de gastos", criticou Tarcísio, ressaltando que essas são as grandes agendas para o momento.

'Chegamos à conclusão de que a reforma é benéfica', diz o governador Tarcísio de Freitas
'Chegamos à conclusão de que a reforma é benéfica', diz o governador Tarcísio de Freitas
Foto: Tiago Queiroz / Estadão / Estadão

Sobre a reforma tributária, Tarcísio afirmou não ter sido a reforma de seus sonhos, mas que considerou importante. "Acho que talvez não seja a reforma dos sonhos de ninguém, mas foi uma reforma possível, difícil você conseguir reunir todos os atores e fazer com que todos os interesses convirjam", afirmou.

"Acho que tem muita imperfeição, existem algumas distorções que continuam sendo colocadas dentro, então sempre aquela mania de tira isso, tira aquele outro. Simulamos exaustivamente para saber qual seria o impacto da reforma nas contas do estado de São Paulo, e chegamos à conclusão de que a reforma é benéfica", disse, justificando o apoio de São Paulo à reforma. "É o Estado que mais perde com a guerra fiscal. É o Estado que mais perde em termos de crédito outorgado", pontuou.

Estadão
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