Taxa de desemprego fica em 7,7% em setembro, a menor desde fevereiro de 2015
De acordo com os dados do IBGE, população ocupada no País chegou a 99,8 milhões, o maior número desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012
Rio - A taxa de desemprego no Brasil voltou a registrar um leve recuo no trimestre encerrado em setembro, segundo os dados da Pnad Contínua divulgados nesta terça-feira, 31, pelo IBGE. O índice ficou em 7,7%, 0,1 ponto porcentual menor que o do trimestre encerrado em agosto e 1 ponto abaixo do mesmo período do ano passado. Essa é a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%.
De acordo com o IBGE, a população desocupada (8,3 milhões) recuou 3,8% (menos 331 mil pessoas) no trimestre e 12,1% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano. "Foi o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2015 (8,3 milhões)", diz o instituto, em nota.
Além disso, segundo o IBGE, a população ocupada, de 99,8 milhões, chegou ao maior contingente desde o início da série histórica, no 1.º trimestre de 2012. Isso significa um crescimento de 0,9% no trimestre (mais 929 mil pessoas) e de 0,6% (mais 569 mil pessoas) no ano.
"O nível da ocupação (porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,1%, crescendo 0,4 ponto porcentual frente ao trimestre de abril a junho (56,6%) e ficando estável no ano", diz o IBGE.
O rendimento real habitual (R$ 2.982) cresceu 1,7% no trimestre e 4,2% no ano, ainda segundo os dados da Pnad Contínua. "A massa de rendimento real habitual (R$ 293 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica, crescendo 2,7% frente ao trimestre anterior e 5,0% na comparação anual", diz a nota do IBGE.
Subutilização
No trimestre terminado em setembro, faltou trabalho para 20,150 milhões de pessoas no País, segundo os dados do IBGE. A população subutilizada desceu ao menor patamar desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016, quando somava 19,983 milhões de pessoas. A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,8% no trimestre até junho de 2023 para 17,6% no trimestre até setembro. O resultado significa a menor taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando ficou em 17,4%.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial - as pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até setembro de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 20,1%. A população subutilizada caiu 1,0% ante o trimestre até junho, 201 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até setembro de 2022, houve um recuo de 14,0%, menos 3,276 milhões de pessoas.