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Taxa média de desemprego cai a 9,3% em 2022, menor patamar desde 2015

Taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,9% nos três meses até dezembro, informa o IBGE

28 fev 2023 - 09h31
(atualizado às 10h42)
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Carteira de trabalho
Carteira de trabalho
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Estadão

A taxa de desocupação chegou a 7,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2022, um recuo de 0,8 ponto percentual (p.p.) em comparação com o trimestre de julho a setembro. Com o resultado, a taxa média anual do índice foi de 9,3% no ano, o que representa uma retração de 3,9 p.p. frente a de 2021, quando marcou 13,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 28, pelo IBGE. O resultado anual é o menor desde 2015.

Apesar da melhora em relação aos últimos anos, o IBGE ressalta que a taxa de desocupação ainda se encontra 2,4 pontos porcentuais acima do menor nível da série, apresentado em 2014, quando ficou em 6,9%.

Outros índices 

O contingente médio anual da população ocupada cresceu 7,4% em comparação com 2021, um incremento de mais 6,7 milhões de pessoas, chegando a 98 milhões. O nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, após o menor patamar em 2020 (51,2%) e registrou 56,6%, em 2022.

O ano de 2022 também registrou aumento no número de empregados com carteira de trabalho assinada. O empego com carteira subiu 9,2% e chegou a 35,9 milhões de pessoas, consolidando a reversão da tendência iniciada em 2021.

Já a média anual de empregados sem carteira assinada também aumentou de 2021 para 2022: 14,9%, passando de 11,2 milhões para 12,9 milhões de pessoas, atingindo seu maior patamar da série histórica.

O número de trabalhadores domésticos subiu 12,2% em 2022, alcançando 5,8 milhões de pessoas, enquanto o de empregadores atingiu o contingente de 4,2 milhões, também um crescimento de 12,2% em relação a 2021. Já os trabalhadores por conta própria totalizaram 25,5 milhões, alta de 2,6% na passagem de 2021 para 2022.

Comércio e serviços puxam alta

O crescimento do mercado de trabalho entre 2021 e 2022 foi disseminado entre as diversas atividades econômicas. Destaque para Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que acumulou ganho de 9,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) e chegou a cerca de 18,9 milhões de pessoas ocupadas no setor. A atividade que engloba “outros serviços” foi a com maior percentual de aumento da população ocupada, 17,8%, atingindo 5,2 milhões de trabalhadores. A segunda maior alta foi de Alojamento e alimentação, que cresceu 15,8% e viu o contingente de pessoas ocupadas atingir 5,4 milhões.

Apenas o setor de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve queda percentual da população ocupada (-1,6%). A estimativa é que 8,7 milhões de trabalhadores estavam ocupados no setor em 2022.

Rendimento médio recua e taxa de informalidade cresce

O ano de 2022 fechou com o valor médio anual do rendimento real habitual estimado em R$ 2.715, o que representa 1% a menos que 2021, perda de R$ 28. Já a média anual da massa de rendimento chegou a R$ 261,3 bilhões e atingiu o maior patamar da série, com alta de 6,9% (mais R$ 16,9 bilhões) em relação a 2021.

A PNAD Contínua também registrou queda na taxa média anual da informalidade, que saiu de 40,1% em 2021 para 39,6% em 2022. “Apesar da redução, a taxa ainda supera o início da série em 2016 (38,6%) e 2020 (38,3%).

Fechando o ano com média de 20,8%, a taxa composta de subutilização teve redução de 6,4 p.p. em relação a 2021 (27,2%), enquanto a média anual da população subutilizada (24,1 milhões de pessoas em 2022) recuou 23,2% frente a 2021.

Queda na desocupação e na subutilização

Considerando apenas o índice do trimestre de outubro a dezembro de 2022, a PNAD Contínua divulgada hoje mostra que a taxa de desocupação (7,9%) foi 0,8 p.p. menor que a do trimestre de julho a setembro de 2022 (8,7%) e 3,2 p.p. inferior à do mesmo trimestre de 2021 (11,1%). A taxa composta de subutilização (18,5%) também apresentou queda: 1,6 p.p. ante o trimestre anterior (20,1%) e 5,8 p.p. no confronto com o mesmo trimestre de 2021 (24,3%).

A população desocupada chegou a 8,6 milhões de pessoas, queda de 9,4% (menos 888 mil pessoas) frente ao trimestre terminado em setembro e diminuição de 28,6% (menos 3,4 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel de 2021. Já a população ocupada atingiu 99,4 milhões de pessoas, mostrando estabilidade no confronto com o trimestre terminado em setembro, mas com alta de 3,8% (3,6 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.

Por fim, o nível da ocupação de dezembro de 2022 foi de 57,2%, igualando-se ao trimestre anterior (57,2%) e subindo 1,6 p.p. no ano (55,6%). (*Com informações da Agência de Notícias - IBGE)

Fonte: Redação Terra
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