Taxa Selic: juros podem chegar ao seu maior nível desde outubro de 2017
Após às 18h, será divulgado o novo valor da Taxa Selic. A expectativa é de que o índice chegue a 7,75%, superando seu maior nível em quatro anos.
Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para discutir sobre a elevação da taxa de juros brasileiro. A divulgação sobre a nova Taxa Selic acontecerá a partir das 18h.
O que é fato até o momento é que a Selic continuará subindo em ritmo acelerado. De acordo com o diretor de Política Monetária do Banco Central, a Taxa Selic vai subir cerca de 1 ponto percentual por reunião, até que atinja um nível considerado "neutro", num patamar que desaqueça a economia brasileira.
A expectativa para o novo aumento de hoje é que a Taxa Selic saia do patamar de 6,25% para 7,25% ao ano. Mas grande parte dos economistas já mensuram que esse aumento seja de 1,5 ponto percentual, chegando ao nível de 7,75%.
Caso a Taxa Selic chegue ao previsto, a taxa de juros do país pode chegar ao seu maior nível desde outubro de 2017, quando a taxa chegou a 7,5%. Além disso, a taxa também já é maior do que o registrado no início do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, que era de 6,5%.
A previsão da última reunião do ano do Copom, que acontece em dezembro, é de que a Taxa Selic chegue aos 8,75%. Sendo 0,5% a mais do que estava previsto até alguns meses atrás, quando a expectativa era de que o ano se encerrasse com a Selic a 8,25%.
Como a alta dos juros afeta a vida dos brasileiros?
Apesar de parecer um pouco distante, a alta da Taxa Selic afeta diretamente a vida dos brasileiros. Afinal de contas, esses aumentos seguidos trazem sérios reflexos para a economia do país.
A elevação dos juros, por exemplo, implicam em taxas bancárias mais elevadas. Além disso, o Imposto sobre Operações Fiscais (IOF) também sofreu um aumento neste ano. Ou seja, caso você precise solicitar um empréstimo, pagará mais caro do que gostaria.
A alta da Taxa Selic também interfere no consumo da população, já que essa é uma maneira de diminuir o avanço da inflação. Além disso, há um impacto no PIB brasileiro, na geração de renda e consequentemente na oferta de emprego.
A única parte que pode ser considerada "boa" é que se a Selic chegar a mais de 8,5% é que os rendimentos da caderneta de poupança vão aumentar um pouco. No entanto, ainda assim, esses rendimentos estão sendo perdidos por conta da inflação.