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Taxas dos contratos de DI caem com expectativa de juros menores nos EUA e no Brasil

13 mar 2023 - 17h06
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Após forte alta na sessão anterior, as taxas dos contratos futuros de juros recuaram nesta segunda-feira, em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa ser menos duro em sua política monetária, em função da crise bancária dos EUA, o que em tese poderia favorecer o início da queda da Selic também no Brasil.

Moedas de reais 
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos
Moedas de reais 15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos
Foto: Reuters

No fim de semana, o Fed anunciou um novo mecanismo de empréstimo para dar liquidez aos bancos, na esteira da falência do SVB Financial Group, instituição financeira focada em startups. No domingo, foi a vez de os reguladores norte-americanos fecharem o Signature Bank, com sede em Nova York.

Como o espalhamento da crise bancária nos EUA ainda é uma incógnita, os investidores novamente correram para a segurança dos Treasuries, o que fez os retornos dos títulos norte-americanos recuarem. Ao mesmo tempo, os Treasuries passaram a refletir maior probabilidade de o Fed promover um aumento menor dos juros na reunião de março, em meio ao entendimento de que o banco central dos EUA evitará pressionar os custos dos empréstimos em meio às incertezas relacionadas à crise bancária.

No Brasil, as taxas dos DIs também caíram, com a leitura de que juros menores nos EUA podem favorecer a baixa da Selic no futuro.

"O juro está sofrendo este efeito dos Treasuries no Brasil", comentou José Faria Júnior, diretor da consultoria Wagner Investimentos. "Mas não temos a menor ideia de o que vai acontecer. Esperamos que não haja uma crise maior nos EUA, mas está muito cedo para dizer isso", avaliou.

No fim da tarde desta segunda-feira, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2024 estava em 13,02%, ante 13,154% do ajuste anterior. Já a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 12,18%, ante 12,37%. A taxa para janeiro de 2027 estava em 12,465%, ante 12,648% do ajuste anterior.

Para Wagner Varejão, especialista em investimentos e sócio da Valor Investimentos, se de fato houver um alívio monetário nos EUA, com aumentos de juros não tão intensos, isso pode significar mais chances de redução também no Brasil.

"O investidor joga isso no preço, mas eu acho muito difícil o Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) cortar juros neste primeiro momento", ponderou.

Perto do fechamento, os contratos futuros de juros precificavam 17% de chances de a Selic ser cortada em 0,25 ponto porcentual, para 13,50% ao ano, no próximo encontro do Copom, marcado para 21 e 22 de março. A curva a termo precificava ainda 83% de chances de a Selic seguir em 13,75% ao ano.

Às 16:39 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 13,50 pontos-base, a 3,56%.

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