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Tebet diz esperar que BC 'pense' em baixar juros no 2º semestre e é aplaudida em evento do banco

Em evento de comemoração dos 60 anos do Banco Central, ministra do Planejamento afirma que redução pode ser permitida pela queda nos preços de alimentos, que deveria acontecer nos próximos 60 dias

2 abr 2025 - 19h18
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BRASÍLIA - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira, 2, esperar que o Banco Central possa pensar no segundo semestre deste ano na possibilidade de "diminuir um pouco" a taxa de juros. Ela disse que essa redução pode ser permitida pela queda nos preços de alimentos, que deveria acontecer nos próximos 60 dias.

"Vamos conseguir no médio prazo, nos próximos 60 dias, tudo caminhando bem - como acreditou que irá -, começar a ter uma diminuição dos preços, especialmente dos alimentos. Para que o Banco Central, quem sabe, um pouquinho antes do imaginado, com a autonomia do banco, podemos pensar no segundo semestre em como diminuir um pouco a taxa de juros", disse Tebet no meio de seu discurso no evento dos 60 anos do BC, sendo aplaudida.

Entre os presentes no evento estavam muitos ex-presidentes da instituição, ministros do governo, os presidentes da Câmara e do Senado, servidores, jornalistas e alguns outros convidados.

A fala de Tebet ocorre no momento em que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pela elevação consecutiva da Selic de um ponto porcentual por três meses seguidos e a indicação de que, em maio, o colegiado voltará a elevar o juro - atualmente em 14,25% ao ano - ainda que em um ritmo menor.

Ao fazer a defesa pela redução da Selic, a ministra fez questão de mostrar o distanciamento entre a sua opinião e a autonomia da autoridade monetária. "Nós combatemos de forma eficiente a inflação. Sei que é uma tarefa árdua, mas vamos conseguir no médio prazo", disse.

Tebet declarou que o Banco Central precisa aumentar a taxa básica de juros "quando necessário", entendendo que "equilíbrio é fundamental em um país tão desigual". "Controlar a inflação é assegurar que o trabalhador possa comprar tudo que precisa", mencionou.

A ministra também alertou que os chamados gastos tributários precisam ser "colocados na mesa", em relação à busca por equilíbrio fiscal. Ele citou que as renúncias de receita acumulam R$ 600 bilhões por ano e parte dessas renúncias precisam ser encerradas, na visão da ministra.

Governo não discute mudar meta de 2026, diz ministra

Tebet disse que o governo não está discutindo nenhuma alteração na meta fiscal do ano que vem. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 deve ser enviado ao Congresso entre 11 e 15 de abril.

Indagada sobre o tema, a ministra disse que está "de prontidão" para fazer a antecipação do 13º do INSS se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assim decidir. Ela se recusou a responder se estuda alguma suplementação orçamentária para o Banco Central.

Estadão
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