Técnicos do IBGE se mobilizam para manter Pnad Contínua
Pesquisa fornece uma mais ampla taxa de desemprego do País, além de dados de renda domiciliar per capita
Técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) envolvidos na elaboração da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) afirmam que é desnecessário rever a metodologia amostral do estudo para atender à repartição do Fundo de Participação dos Estados.
Em um comunicado publicado no site do Sindicato Nacional dos Servidores do IBGE (ASSIBGE), a categoria diz que “não há razão para interrupção da divulgação desta pesquisa” e que, “mesmo que houvesse necessidade de estudos adicionais sobre este tema, seria possível conciliar as duas tarefas, apesar das restrições orçamentárias e humanas que afetam o instituto”.
A Pnad Contínua fornece uma mais ampla taxa de desemprego do País, além de outros dados. No dia 10 de abril, a pesquisa apontou que a taxa de desemprego no País fechou 2013 em 7,1%, ante um dado de 4,3% apurado pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que analisa a situação de emprego em seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Salvador).
A renda domiciliar per capita, calculada pela Pnad Contínua, será um dos critérios de repartição do Fundo de Participação dos Estados. Parlamentares questionaram a precisão das informações apresentadas pela pesquisa. O IBGE, com isso, decidiu suspender as próximas divulgações do estudo para fazer uma revisão de metodologia e cálculo da renda domiciliar per capita dos Estados.