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Tecnologia deve ser usada para transformar empresas e nações, diz presidente da Microsoft do Brasil

Tânia Cosentino participou do Summit ESG 2022, evento organizado pelo Estadão

22 jun 2022 - 11h53
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A tecnologia é uma aliada para acelerar a transformação de empresas, de nações e da própria sociedade e deve ser usada "para o bem", disse na manhã desta quarta-feira, 22, a presidente da Microsoft do Brasil, Tânia Cosentino, no segundo dia do Summit ESG 2022, organizado pelo Estadão.

Falando sobre o tema "Impacto das organizações sobre a sociedade e o meio ambiente", ela destacou a necessidade urgente do uso da tecnologia para a qualificação profissional e, com isso, gerar empregos e expandir a economia.

Tânia ressaltou que no Brasil há milhões de desempregados e que o uso da inteligência artificial ameaça eliminar uma série de posições de trabalho e transformar outras. "Precisamos qualificar as pessoas e requalificar a mão de obra que já está no mercado", afirmou.

Segundo ela, até 2030 o País precisa requalificar 45 milhões de pessoas, do contrário vai aumentar ainda mais o desemprego. "Se conseguirmos fazer isso, vamos ser capazes de adotar a tecnologia para garantir produtividade, inclusão social, aumento de competitividade e consequentemente crescimento econômico."

A executiva ressaltou que o tema da qualificação profissional é grande demais e não para ser atribuída apenas ao governo. "Não tem governo, não tem empresa, não tem ONG que possa endereçar esse problema sozinho, é preciso a união de todos, incluindo academias e terceiro setor."

Déficit de mão de obra em TI

Tânia citou que, apesar do alta índice de desemprego no País, no mundo da TI há um déficit de 400 mil profissionais. "Esse déficit cresce na taxa de 100 mil pessoas ao ano, ou seja, vamos ter 1 milhão de gap de profissionais até 2025."

A falta dessa mão de obra atrasa a adoção de tecnologias e, consequentemente, o desenvolvimento econômico do Brasil. Em sua opinião, o uso da inteligência artificial vai permitir ganhos de competitividade em escala global, transformar a indústria brasileira e acelerar o crescimento do PIB, mas para isso é preciso mão de obra qualificada.

Como exemplo, ela contou que a companhia criou o programa Microsof Mais Brasil, que trabalha a tecnologia para o desenvolvimento econômico, capacitação profissional e emprego, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável.

Um dos programas é o Conecta+, para conectar pessoas dos 16 a mais de 70 anos ao emprego por meio de capacitação profissional com ensino remoto, pois a tecnologia é inclusiva e não há limite de idade para isso. Em dois anos, mais de 5 milhões de pessoas acessaram o programa e quase 1 milhão de pessoas se formaram nos treinamentos.

Para se inscrever, ela recomendou ao interessado localizar o programa na internet e preencher os dados.

Estadão
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