Telefônica Brasil tem maior crescimento de receita em 3 anos
Segundo a companhia, alta de 2,6% é reflexo do desempenho das receitas de serviço móvel, aparelhos e banda larga de ultravelocidade
A Telefônica Brasil apresentou crescimento de receita líquida de 2,6% no terceiro trimestre de 2019, a maior alta dos últimos três anos. O resultado, divulgado pela empresa na manhã desta segunda-feira (4), é um reflexo do desempenho das receitas de serviço móvel, aparelhos e banda larga de ultravelocidade, segundo a companhia.
No acumulado do ano de 2019, a empresa registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,9 bilhões, representando crescimento anual de também 2,6%. Já o lucro líquido contábil, por outro lado, apresentou redução de 49,9% no mesmo período. Isto ocorreu, principalmente, devido a ganhos não recorrentes nos primeiros noves meses de 2018, relacionados a decisões transitadas e julgadas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) relativas ao pagamento de PIS e Cofins sobre o ICMS.
Nos nove primeiros meses do ano, o EBITDA – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente registrou R$ 11,7 bilhões, com crescimento de 2,2% na comparação com igual período anterior e margem de 35,5%. O EBITDA recorrente no terceiro trimestre foi de R$ 4 bilhões, com crescimento de 2,8% e margem EBITDA de 36,2%.
Adicionalmente, o fluxo de caixa livre da atividade de negócio apresentou crescimento de 18,6% no trimestre, atingindo R$ 2,2 bilhões. No acumulado do ano, o valor chegou a R$ 5,6 bilhões, representando um crescimento de 14,9% quando comparado com o mesmo período anterior.
"Apresentamos maior crescimento de receitas, graças à nossa estratégia focada nos segmentos de fibra e pós-pago. Por outro lado, através de uma gestão financeira disciplinada e esforços contínuos de digitalização, sustentamos forte rentabilidade e geração de caixa", explicou o Chief Financial Officer (CFO) da Telefônica Brasil, David Melcon.
De janeiro a setembro, os investimentos de R$ 6,5 bilhões – aumento de 6,7% quando comparado ao mesmo período de 2018 – foram destinados à expansão da rede FTTH (fibra), que chegou a 33 novas cidades no período, e à ampliação da cobertura e capacidade da rede 4.5G, em 1.096 municípios. No trimestre, o investimento ficou em R$ 2,4 bilhões, um aumento de 1,6% em relação ao igual trimestre do ano passado.
"Todas as nossas iniciativas são pautadas pelo compromisso com a digitalização da sociedade, oferecendo as melhores tecnologias de conexão móvel e fixa. Já levamos o Vivo Fibra para 154 cidades, 33 somente ao longo deste ano, garantindo uma experiência única de conectividade. Na móvel, apresentamos melhora de tendência no pré-pago, seguimos na liderança no segmento pós-pago, e estamos avançamos cada vez mais com a tecnologia 4.5G por todo o Brasil”, explica o presidente-executivo da Vivo, Christian Gebara.
Liderança consolidada nos segmentos de alto valor
No serviço móvel a Vivo segue na liderança isolada, com participação de mercado de 32,3% – registrada em agosto de 2019 – 7,5 pontos percentuais acima do segundo colocado. A base de acessos pós-pagos cresceu 7,3% no período e representa 57,3% dos acessos móveis, mantendo a liderança deste mercado com share de 39,8%, registrado em agosto de 2019. Na tecnologia 4G, a Vivo também segue líder, com 31,4% de share, mantendo a qualidade da base de clientes e estratégia da empresa centrada em dados e serviços digitais.
A receita líquida móvel total registrou expressivo crescimento de 6,6% no terceiro trimestre devido a três fatores. O principal deles foi o crescimento de 5,5% da receita de dados e serviços digitais, que representa 80% de toda a receita líquida móvel. Os outros dois foram a migração de clientes para planos pós-pago de maior valor e a receita mais alta de aparelhos, que cresceu 31,5% no trimestre. A estratégia da empresa é, de fato, ganhar representatividade no mercado de venda de aparelhos e acessórios, atraindo consumidores de alto valor às lojas físicas e virtual.
“Um elemento-chave para oferecer a melhor experiência aos nossos clientes é incrementar nossa proposta de valor. Somos parceiros de grandes marcas, como NBA, NFL, Amazon Prime Video, Tidal, Rappi, Netflix, posicionando a Vivo também como um grande hub de serviços digitais” explica Gebara. “Os consumidores querem fazer suas escolhas, e nós estamos facilitando e ampliando o acesso a milhares de conteúdos, permitindo, ainda, que eles paguem direto na conta do celular ou por meio de créditos pré-pagos”.
No mercado de Machine-to-Machine (M2M), a base de acessos segue em forte expansão e atingiu 9,5 milhões de clientes em setembro de 2019, representando um crescimento de 24,1% quando comparado ao ano anterior. A Vivo continua sendo líder neste negócio, com 41% de market share, registrado em agosto deste ano.
Fibra eleva receita
No segmento fixo, a companhia apresentou queda de 3,9% na receita líquida no terceiro trimestre, impactada pela queda nas receitas de voz, devido à maturidade do serviço, mas parcialmente compensada pela evolução positiva da receita de banda larga, que a cada trimestre ganha maior participação sobre o total.
A receita de banda larga cresceu 7,5% no trimestre, impulsionada pela receita de FTTH, que já representa 37,1% de toda a receita do segmento e cresceu 44,5% quando comparado ao igual período do ano anterior.
A evolução reflete a estratégia da companhia de aumentar a base e a migração de clientes para velocidades mais altas, expandindo os acessos em fibra, que apresentou crescimento de 34% no trimestre, com 2,3 milhões de acessos. A estratégia impacta diretamente o ARPU (receita média por cliente) de banda larga, que cresceu 11,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, além do acelerado processo de expansão do Vivo Fibra para 12 novas cidades durante o terceiro trimestre. No ano, entre janeiro e setembro, foram 33 municípios.
A receita de TV por assinatura apresentou queda de 8% durante o trimestre e redução de 13,6% nos acessos provocada pela estratégia da companhia de cessar a comercialização de DTH. Por outro lado, no IPTV (TV por fibra), cuja receita expandiu 26,1% comparada ao mesmo período do ano anterior, a evolução de acessos foi positiva, com crescimento de 27% no terceiro trimestre. Com isso, o ARPU de TV teve alta de 4,3%.
A Receita de Dados Corporativos e TI apresentou alta de 12,9% no período, beneficiada pelo forte desempenho das receitas de novos serviços, como dados, cloud computing, outros serviços de TI e vendas de equipamentos, impulsionando o segmento B2B como um dos principais parceiros no processo de transformação digital das empresas.