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Telhado verde cresce como opção estética em empresas

15 mai 2012 - 09h12
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Com os temas de sustentabilidade e responsabilidade social na ordem do dia, não só empresas, como também órgãos públicos e pessoas físicas estão dispostos a fazer investimentos em tecnologias ecológicas em suas construções. Por isso, o mercado brasileiro tem registrado o crescimento de produtos e serviços especializados, como o fornecimento de coberturas revestidas de vegetação - os chamados telhados verdes.

Buscando se alinhar à demanda por uma postura mais sustentável, empresas brasileiras e setor público têm investido em telhados verdes, como este instalado pela Ecotelhado no Theatro São Pedro, em Porto Alegre
Buscando se alinhar à demanda por uma postura mais sustentável, empresas brasileiras e setor público têm investido em telhados verdes, como este instalado pela Ecotelhado no Theatro São Pedro, em Porto Alegre
Foto: Divulgação


Embora casos como o jardim suspenso do Edifício Matarazzo, em São Paulo, sejam conhecidos do público desde os anos 1970, as empresas especializadas começaram a surgir apenas na década passada. A Ecotelhado, uma das primeiras no segmento, nasceu em 2005. Ainda hoje, o número de empresas do setor é pequeno, embora haja também paisagistas e engenheiros-agrônomos que atuam de maneira independente.



Telhado verde e políticas públicas

Além do fator estético, os benefícios dos telhados verdes incluem a diminuição da variação térmica, a melhoria da qualidade do ar, a absorção de gases estufa e a retenção e limpeza da água da chuva - o que pode diminuir o risco de enchentes.



Com menor variação térmica, edifícios verdes tendem a consumir menos energia nos sistemas de aquecimento e refrigeração. "Um edifício verde gasta de 30% a 40% a menos de energia que um convencional", estima José Manuel Feijó, diretor executivo da Ecotelhado e presidente da Associação Telhado Verde Brasil. Segundo o executivo, o mercado brasileiro para telhados verdes cresce de 70% a 100% anualmente desde 2005.



Por possibilitarem a implantação de áreas verdes em locais onde há pouco espaço disponível e altas taxas de impermeabilização do solo, os telhados verdes são incentivados com programas governamentais de isenção fiscal no mundo todo. No Brasil, municípios como São Sebastião (SP) e Guarulhos (SP) oferecem desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para prédios que utilizem o sistema. Na cidade de São Paulo, há um projeto de lei de 2009 que visa oferecer desconto de 5% no IPTU de edifícios que cobrirem seus telhados com vegetação.



"A competição entre as empresas para se adequarem à onda de sustentabilidade, junto com a possibilidade do desconto no IPTU, incentiva as vendas", diz Sérgio Rocha, diretor executivo do Instituto Cidade Jardim, de Itu (SP), empresa que fornece e instala telhados verdes desde 2008.



José, da Ecotelhado, destaca também que edifícios que apresentem telhados verdes aliados a paredes verdes têm mais facilidade em obter certificações ambientais, como o selo Leed (Liderança em Design Energético e Ambiental).



Tecnologia e serviços

Como a tecnologia estabelecida na Europa e nos Estados Unidos é adaptada a materiais e a um clima diferentes dos encontrados normalmente no Brasil, é comum que as empresas desenvolvam seus próprios produtos para atuar no País. "Criamos um substrato diferente do americano e do europeu e com um sistema mais inteligente e simples de encaixe, que funciona como um lego", explica Sérgio. As peças vêm com espaço para reservatório de água, o que diminui a necessidade de irrigação.



Além de vender as peças, que custam entre R$ 95 e R$ 130 por metro quadrado, a empresa também fornece serviços de instalação, que custam em torno de R$ 30 por metro quadrado, e de manutenção, que variam de R$ 5 a R$ 10.

Fonte: Cross Content
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