Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Tenho dinheiro no BTG Pactual: o que faço?

25 nov 2015 - 19h30
(atualizado às 19h31)
Compartilhar
Exibir comentários
Prisão de Esteves: apesar de caso ainda não envolver o BTG, investidores estão preocupados com desdobramentos
Prisão de Esteves: apesar de caso ainda não envolver o BTG, investidores estão preocupados com desdobramentos
Foto: Pixabay / O Financista

A prisão de André Esteves, presidente e fundador do BTG Pactual, suscita preocupações entre os investidores e em quem tem dinheiro investido no banco. Apesar das acusações que levaram à prisão do banqueiro se referirem à pessoa física, e não à atuação do banco, há o temor de que os desdobramentos da prisão afetem a saúde financeira da instituição. Com o caso ainda sendo esclarecido, especialistas ouvidos pelo O Financista recomendam cautela e sangue frio.

As ações do BTG Pactual reagem fortemente à prisão, com queda que chegou a 30%. Mas além da Bolsa, o impacto pode ser sentido no mercado de renda fixa, uma vez que o banco tem papéis de dívida emitidos tanto aqui quanto no exterior. O gestor de um grande fundo, que pediu para não ser identificado, diz que será necessário alguns dias para saber a extensão do caso nos papéis do banco. E que apesar de tecnicamente o caso não envolver o banco, há o efeito psicológico e fiduciário do mercado que reage sobre os ativos da instituição.

Se a investigação de fato chegar ao banco, os mais expostos ao caso podem ser os donos de CDBs (certificado de depósito bancário), DPGEs (depósitos a prazo com garantia especial) e LFs (letras financeiras). "Se o desenrolar do caso chegar ao banco e ele sofrer penalidades, isso pode chegar ao passivo da instituição, e quem tiver títulos emitidos pelo BTG pode sofrer", diz Lauro Araujo, diretor da Las Consultoria.

Grande parte desses papéis estão em fundos de investimentos, que podem ter suas cotas afetadas caso os papéis se desvalorizem ou caso ocorra uma corrida dos cotistas para sacar os recursos desses fundos. Em caso extremo de calote desses papéis, vale lembrar que CDBs e DPGEs têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) de até R$ 250 mil por investidor (CNPJ).

A título comparação, apesar de os casos não serem similares, o caso de fraude do Panamericano descoberto em 2010 levou os CDBs do banco a serem negociados a 30% do seu valor original no mercado secundário. Depois que o banco recebeu capitalização e novos sócios, o valor do papel voltou a subir, para cerca de 80% de seu preço quando foi emitido.

Fundos de investimento

O BTG Pactual tem uma grande área de gestão de recursos e gestão de patrimônio, com bilhões de reais geridos por fundos da casa. Neste caso, porém, a situação é mais tranquila para o investidor, porque pela legislação brasileira fundos de investimentos são instituições jurídicas independentes das instituição financeira que faz sua gestão e administração.

Segundo Araújo, neste caso, o patrimônio do fundo não se mistura com o da gestora ou do banco.

Segundo o balanço do terceiro trimestre do BTG Pactual, o banco tinha R$ 230 bilhões sob gestão em sua gestora de recursos (asset) e outros R$ 422 bilhões em gestão de patrimônio (wealth management).

O Financista Todos os direitos reservados
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade