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Ter dívidas é o mesmo que estar inadimplente? Entenda

Segundo o SPC, diversas causas podem levar à inadimplência, e elas frequentemente estão relacionadas a situações financeiras inesperadas

14 abr 2025 - 13h12
(atualizado às 13h16)
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A inadimplência ocorre quando uma pessoa física ou jurídica não cumpre com suas obrigações financeiras dentro do prazo estabelecido com o credor. Segundo definição dos órgãos de proteção de crédito, ela é diferente da dívida por ser configurada pelo atraso no pagamento de parcelas de compras, financiamentos, empréstimos, hipotecas, contratos e faturas, entre outros tipos de compromissos financeiros.

Com isso, ter dívidas não significa estar inadimplente. A dívida, de acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), representa um compromisso financeiro com datas de pagamento predefinidas, como a compra parcelada de um produto. Já a inadimplência se caracteriza pelo atraso no pagamento dessas parcelas, ou seja, o não cumprimento do acordo financeiro no prazo estipulado.

Há diferentes perfis de inadimplentes, segundo o SPC, classificados de acordo com o comportamento do devedor.
Há diferentes perfis de inadimplentes, segundo o SPC, classificados de acordo com o comportamento do devedor.
Foto: Mônica Zarattini/Estadão / Estadão

Existem diferentes perfis de inadimplentes, segundo o SPC, classificados de acordo com o comportamento do devedor. Veja abaixo:

  • Devedor viciado: atrasos ocorrem por falta de organização, geralmente quitando os débitos após a cobrança; 
  • Devedor ocasional: inadimplência motivada por imprevistos financeiros, com alta probabilidade de regularização devido à preocupação com os prazos; 
  • Devedor negligente: desorganização financeira e falta de planejamento levam ao esquecimento de contas e ao acúmulo de dívidas; 
  • Mau pagador: tem histórico de dívidas antigas e baixa preocupação em manter o nome limpo, apresentando maior dificuldade em honrar compromissos. 

Ainda segundo o SPC, diversas causas podem levar à inadimplência, e elas frequentemente estão relacionadas a situações financeiras inesperadas. Entre as causas está o desemprego, que afeta a renda e dificulta o pagamento de contas. Veja outras situações abaixo:

  • Despesas inesperadas: gastos imprevistos, como problemas de saúde ou automotivos (carro quebrar, por exemplo), podem desequilibrar o orçamento; 
  • Falta de planejamento financeiro: a ausência de controle e organização das finanças pode gerar um acúmulo de dívidas; 
  • Compras para terceiros: assumir dívidas em nome de outras pessoas - ou mesmo emprestar cartão de crédito para compras - pode levar à inadimplência caso o beneficiário não cumpra com o pagamento; 
  • Ausência de educação financeira: a falta de conhecimento sobre a importância de manter as contas em dia contribui para a inadimplência. 

Impactos

Uma pesquisa divulgada no final do último mês de março pela Serasa indicou que 57 milhões de brasileiros têm dívidas em atraso e sequer sabem disso. Destes, 19 milhões estavam negativados.

Segundo a pesquisa, entre os principais motivos que levam os consumidores a desconhecerem que estão inadimplentes estão a falta de monitoramento do CPF/CNPJ, seguido por dados cadastrais desatualizados e a desinformação financeira.

Estar inadimplente gera uma série de impactos na vida do devedor. Entre eles está a dificuldade para obtenção de crédito, seja para financiar um carro ou mesmo uma casa. Veja outras possíveis consequências abaixo:

  • Redução do score: estar com dívidas em atraso afeta a pontuação de crédito, tornando mais difícil conseguir financiamentos e empréstimos - e isso não ocorre apenas com pessoas físicas, mas também com empresas, o que pode afetar o crédito para manter o negócio funcionando; 
  • Bola de neve: atrasos no pagamento de dívidas geralmente acarretam a cobrança de juros, aumentando o valor total devido; 
  • Negativação do nome: o credor tem o direito de registrar o CPF do devedor em órgãos de proteção ao crédito, como SPC Brasil e Serasa, restringindo o acesso a diversos serviços; 
  • Dificuldade de alugar imóveis e acessar serviços essenciais: a inadimplência pode impedir a assinatura de contratos de aluguel e a contratação de serviços como telefonia e internet; 
  • Risco de penhora de bens e da conta bancária: em casos de dívidas não pagas, ações judiciais podem levar à penhora de bens e, dependendo do que decidir o juiz, até ao bloqueio de contas bancárias.  

Como se prevenir

Para evitar os problemas causados pela inadimplência, o SPC Brasil recomenda realizar o controle financeiro, registrando as receitas e despesas; pagar as contas em dia; evitar gastos desnecessários; e, se possível, manter uma reserva de emergência.

Estadão
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