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Terra da Diversidade

Com novas iniciativas, empresas avançam na inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho

As ações inclusivas vão desde o suporte financeiro para a retificação de nome e gênero até a criação de uma infraestrutura acolhedora

28 jan 2025 - 05h59
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Resumo
A inclusão no ambiente corporativo para a comunidade LGBTQIAPN+ é um desafio no Brasil, especialmente para pessoas trans, com pouca representatividade no mercado de trabalho formal.
Foto: Reprodução

A inclusão no ambiente corporativo ainda representa um desafio para a comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil, especialmente para pessoas trans. De acordo com pesquisa do Datafolha (maio/24), embora 7% da população brasileira se identifique como LGBTQIAPN+, apenas 4,5% dos postos de trabalho formais são ocupados por pessoas dessa comunidade. A situação é ainda mais desafiadora para pessoas trans, que representam apenas 0,38% do mercado de trabalho formal no país. Diante desse cenário, algumas empresas se destacam ao criar ambientes onde a diversidade e a inclusão são celebradas.

Na varejista Pernambucanas, em um censo de diversidade realizado internamente, 100% dos colaboradores trans relataram sentir segurança para serem quem são dentro da companhia. Atualmente, 16,7% do quadro de 12 mil colaboradores da marca se identifica como LGBTQIAPN+, sendo 2,5% (cerca de 300 pessoas) trans ou não binárias. A empresa criou o grupo de afinidade “Sim, Eu Sou”, que promove debates, propõe melhorias e reforça ações voltadas para essa comunidade.

Nas lojas físicas, a inclusão é traduzida por iniciativas práticas: mais de 100 unidades já contam com banheiros unissex, e colaboradores podem utilizar nome social e pronomes de sua escolha em crachás, sistemas administrativos e redes internas, sem a necessidade de apresentar documentação oficial atualizada. Ramona Zanetti, colaboradora da loja Consolação/SP, compartilha a relevância dessas ações: "Moro há três meses em um centro de acolhimento para pessoas trans. Minha vida não é fácil, mas aqui na Pernambucanas eu me sinto acolhida e respeitada.”

Outro exemplo de liderança em inclusão é o Grupo SBF, ecossistema esportivo que engloba marcas como Centauro, Nike/Físia e FitDance. Entre as iniciativas está o programa TransIdentidade, que apoia colaboradores trans no processo de retificação de nome civil, oferecendo suporte financeiro e jurídico. “Esse programa representa nosso compromisso prático e contínuo com a diversidade e inclusão. Queremos proporcionar um ambiente em que todos se sintam bem-vindos e respeitados”, afirma Melissa Guimarães, vice-presidente de RH do Grupo SBF.

Outro case de impacto vem do Will Bank, banco digital com mais de 8 milhões de clientes no Brasil. Desde 2022, o banco oferece reembolso ou adiantamento de até R$5.000 para colaboradores que passam pela retificação de nome civil, beneficiando tanto pessoas trans, quanto não binárias. Dâm Mageski, colaborador do will bank, destaca a importância dessa ação: "Sem o suporte financeiro do will bank, eu não conseguiria arcar com os custos da retificação do meu nome. Além disso, tive uma rede de apoio dentro da empresa, que foi fundamental para meu bem-estar emocional durante o processo.”

Na Alpargatas, as despesas de retificação de nome para colaboradores transgêneros são pagas pela empresa desde 2023. A companhia tem 230 funcionários da comunidade trans. Para além das ações internas, a empresa de calçados possui também o programa Alpa TRANSforma, um projeto de desenvolvimento profissional exclusivo para pessoas trans, com foco em competências básicas, sócio-emocionais e de educação digital. 

"Todas as pessoas que trabalham na Alpargatas após um período de três meses de experiência têm direito. A ação vai muito além do caráter financeiro. Estamos facilitando o acesso a um direito fundamental para as pessoas trans e travestis e minimiza constrangimentos ao não deixá-las vulneráveis por terem em seus documentos nomes diferentes de como se apresentam socialmente", destaca Gislaine Lima, diretora de talento e cultura da companhia.

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