The Economist compara papa Francisco a Steve Jobs
De acordo com a publicação, o papa Francisco conseguiu retomar a confiança dos católicos baseando-se em três princípios da administração
O trabalho do papa Francisco à frente da Igreja Católica Romana é comparável ao dos mais notáveis CEOs da história das empresas, segundo a revista The Economist. O artigo “O efeito Francisco”, publicado na última edição, afirma que a administração do argentino Jorge Bergoglio é comparável a Steve Jobs (Apple), Lou Gerstner (IBM) e Sergio Marchionne (Fiat) – todos conhecidos por terem pego as companhias em momentos de crise e promovido uma “volta por cima”.
De acordo com a publicação, o papa Francisco conseguiu retomar a confiança dos católicos baseando-se em três princípios da administração. O primeiro foi marcar o diferencial que a Igreja possui no segmento em que atua: ajudar os pobres. Além de focar nessa estratégia, ele reposicionou a “marca” da Igreja, colocando-se contra o aborto e homossexualismo de modo mais brando que os antecessores – recentemente Francisco disse “quem sou eu para julgar”, em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O terceiro princípio foi a reestruturação da “companhia” com a ajuda de um conselho de oito cardeais e consultorias externas para avaliar as finanças e administração da Igreja. E tudo isto foi feito em cerca de um ano, com aprovação de 85% dos fiéis, logo após a primeira renúncia de um papa (Bento 16) em 600 anos.
Desde sua nomeação como o primeiro papa não-europeu em 1.300 anos, Francisco, de 77 anos. fez da defesa dos pobres o tema central do seu pontificado, frequentemente criticando países desenvolvidos e os excessos do capitalismo e o consumo.