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TIM vê consolidação no mercado de telecomunicações no Brasil nos próximos 2 anos

20 jul 2018 - 11h01
(atualizado às 12h46)
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O grupo de telecomunicações TIM acredita que o mercado brasileiro deverá passar por um processo de consolidação nos próximos dois anos e avalia que já está preparado para ser um agente significativo neste processo, afirmou nesta sexta-feira o diretor financeiro da companhia, Adrian Calaza.

Pessoas passam em frente a loja da TIM no Rio de Janeiro 
20/08/2014
REUTERS/Pilar Olivares
Pessoas passam em frente a loja da TIM no Rio de Janeiro 20/08/2014 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

"Tenho certeza que alguma coisa vai acontecer no mercado nos próximos dois anos. Já estamos preparados para isto", afirmou Calaza em teleconferência com analistas e jornalistas após a divulgação dos resultados de segundo trimestre.

"Hoje podemos dizer que...podemos ser um player (participante) significativo na consolidação", acrescentou o executivo.

Apesar de estar preparada e ver movimentos de consolidação ocorrendo no curto prazo, a empresa avalia que os preços atuais dos ativos "estão muito caros".

"Não estamos com nenhuma análise específica sobre alguma oportunidade (de fusão e aquisição). Há preços muito elevados", afirmou o executivo.

Questionado sobre a Cemig Telecom, que está sendo alvo de interesse da rival Claro, Calaza comentou que a TIM está avaliando a empresa, mas uma operação só faria sentido para a companhia dependendo do preço.

No segundo trimestre, a TIM tinha 2,16 bilhões de reais em caixa, com a dívida líquida recuando para 0,51 vez Ebitda ante 0,80 um ano antes. A margem Ebitda subiu 2,3 pontos percentuais no período, para 37,6 por cento, e Calaza avalia que há espaço para mais melhorias nos próximos períodos uma vez que a empresa está avançando acima do esperado, apesar da fraqueza da economia.

Em meio a uma estratégia de aposta em clientes mais rentáveis, a empresa tem enxugado a base de linhas pré-pagas e focado em ofertas de serviços adicionais em banda larga móvel, algo que deve ajudar a empresa continuar com movimento de melhoria de margens nos próximos trimestres, disse Calaza.

"Achamos que sim, existe ainda mais espaço para melhora. Temos melhorado nossas margens acima do esperado e ainda podemos fazer melhor", afirmou o executivo.

A TIM aguarda liberação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para utilizar a frequência de 700 MHz na telefonia celular de quarta geração (4G) na cidade de São Paulo, maior mercado do país. A expectativa da empresa é que a aprovação ocorra até o final deste mês.

"Temos mais de 600 sites (locais) já instalados aguardando a licença. Esperamos ter maior cobertura em locais fechados", afirmou um dos executivos da operadora na teleconferência. A frequência de 700 MHz permite uma maior cobertura com menos necessidade de antenas, o que potencialmente ajuda a reduzir custos e a melhorar a qualidade das chamadas quando combinada com outras infraestruturas.

No front de banda larga via fibra óptica, a operadora não está satisfeita com seu desempenho na oferta do serviço TIM Live e deve lançar nova ofensiva no próximo mês para acelerar adições. A empresa encerrou o segundo trimestre com 423 mil clientes do serviço, com adições líquidas de 12,7 mil contratos.

"Não estamos satisfeitos com a velocidade atual. Podemos melhorar, temos ainda um atraso em algumas atividades, mas não estamos preocupados", disse o diretor de operações da TIM, Pietro Labriola.

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