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Títulos verdes vão direcionar recursos para combate ao desmatamento, Fundo Clima e Bolsa Família, diz Tesouro

11 out 2023 - 17h44
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O Tesouro Nacional publicou nesta quarta-feira relatório que indica áreas e programas de governo que serão priorizados na aplicação de recursos vinculados à primeira emissão de títulos públicos sustentáveis do país, prevista para este ano.

Área desmatada da floresta amazônica
14/07/2021
REUTERS/Bruno Kelly
Área desmatada da floresta amazônica 14/07/2021 REUTERS/Bruno Kelly
Foto: Reuters

De acordo com o Tesouro, a carteira proposta é formada preponderantemente pela categoria ambiental, com esforços de combate ao desmatamento e alocação de recursos no Fundo Nacional de Mudança do Clima, principalmente para o financiamento de projetos de energia renovável e transporte limpo.

Na categoria social, foram indicados programas de combate à pobreza, como o Bolsa Família, e combate à fome, como o Programa de Aquisição de Alimentos.

"A iniciativa reafirma o compromisso do Brasil com políticas sustentáveis, promovendo a transição para uma economia mais verde, inclusiva e equitativa e, ainda, se alinhando ao crescente interesse de investidores e com a expansão do mercado de títulos sustentáveis no mundo", disse.

Pelo modelo adotado, o governo brasileiro se compromete a aplicar nas ações elencadas montantes equivalentes aos captados nas emissões. Até o vencimento dos papeis, será exigida prestação de contas sobre o impacto gerado.

Esses gastos lastreados à primeira emissão sustentável deverão ser feitos preferencialmente em 2023 e 2024, informou a pasta.

Segundo o Tesouro, a cada emissão de títulos sustentáveis, a alocação dos recursos terá foco em um subconjunto específico de programações orçamentárias, que contarão com a divulgação de novos relatórios de alocação.

O governo lançou em setembro o conjunto de regras para a emissão de títulos públicos sustentáveis no mercado internacional. Estimativas da pasta apontavam que a primeira emissão poderia captar aproximadamente 2 bilhões de dólares. Ainda não foi confirmada a data para o lançamento dos papeis.

Os recursos captados serão associados ao financiamento de programas que gerem impactos sociais e ambientais positivos. Haverá normas de aplicação e gestão das verbas, bem como parâmetros para acompanhamento e mensuração de resultados.

Entre as ações que poderão ser beneficidadas, foram incluídas controle de poluição, eficiência energética, gestão sustentável de água, segurança alimentar, geração de emprego e acesso a habitação.

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