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Tombini nega mudanças no programa de intervenção no câmbio

O BC tem atuado diariamente no câmbio desde agosto de 2013 para oferecer proteção cambial e limitar a volatilidade da moeda

28 nov 2014 - 17h46
(atualizado às 17h46)
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<p>Eu não disse absolutamente nada em relação ao que vai ser o programa a partir de 1º de janeiro de 2015, afirmou Alexandre Tombini</p>
Eu não disse absolutamente nada em relação ao que vai ser o programa a partir de 1º de janeiro de 2015, afirmou Alexandre Tombini
Foto: Mike Theiler / Reuters

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, negou que tenha indicado que o programa de intervenção no câmbio mudará ou acabará a partir de janeiro do próximo ano, em vídeo publicado na página da internet do Palácio do Planalto.

Durante a entrevista de apresentação da nova equipe econômica, na quinta-feira, Tombini afirmou que o estoque atual de swaps cambiais "já atende de forma significativa" à demanda por proteção cambial. A declaração levou investidores a apostar na redução ou mesmo no fim do programa de intervenções diárias, impulsionando o dólar sobre o real.

"Eu não disse absolutamente nada em relação ao que vai ser o programa a partir de 1º de janeiro de 2015, que é até quando esse programa vai, 31 de dezembro de 2014. O que eu disse é que essa é uma posição confortável", disse Tombini no vídeo com entrevista para o site do Planalto, divulgado na quinta-feira.

"Também disse que o volume atual ligeiramente superou US$ 100 bilhões equivalentes. É um nível bom de proteção aos agentes econômicos, proteção contra variações bruscas na taxa de câmbio. Disse que com esse cenário é que vamos decidir até o fim do ano o que vamos fazer em 2015".

O BC tem atuado diariamente no câmbio desde agosto de 2013 para oferecer proteção cambial e limitar a volatilidade da moeda. Alguns investidores criticam a intervenção constante, alegando que gera distorções que podem prejudicar a economia brasileira.

Recuperando o fôlego

Alexandre Tombini ressaltou também que o cenário de recuperação global é, por um lado, favorável aos mercados emergentes, porque não reduz a liquidez internacional de forma brusca.

No mesmo vídeo, o futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que a equipe almeja manter a política econômica robusta, independente do contexto externo. "Independente do cenário internacional, a direção do desenvolvimento é a mesma. O que o cenário internacional nos dá é graus de liberdade maiores ou menores", disse Barbosa.

O vídeo inclui ainda declarações do futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, concentradas principalmente sobre o tema fiscal. Levy disse que o governo pretende cumprir as metas de superávit primário "com todas as medidas que forem necessárias", permitindo com isso que o governo continue realizando suas políticas públicas, com foco nas medidas de inclusão social.

A política fiscal conduzida nos últimos anos tem sido alvo de críticas de investidores, que consideram-na excessivamente expansionista e pouco transparente.

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