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Tombini reafirma que inflação arrefecerá no 2º tri de 2015

Nos primeiros três meses do ano, no entanto, alta dos preços deve atingir pico, pressionada pelo câmbio e pelos preços administrados

19 dez 2014 - 08h07
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<p>Alexandre Tombini, presidente do Banco Central</p>
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
Foto: Ueslei Marcelino (BRAZIL - Tags: BUSINESS HEADSHOT) / Reuters

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou que a inflação brasileira vai atingir seu pico no primeiro trimestre de 2015, pressionada pelo câmbio e pelos preços administrados, mas que a partir daí perderá força por "um longo período" para convergir para a meta em 2016.

"Vamos fazer o que for necessário (para combater a inflação)", afirmou Tombini em entrevista divulgada pela Globonews na noite de quinta-feira.

Ele já havia dito que a inflação vai ter um pico no primeiro trimestre de 2015 e no trimestre seguinte ela começa a arrefecer.

Nos últimos meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - indicador oficial da inflação do País - acumulado em 12 meses tem ficado acima do teto da meta do governo, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O BC iniciou novo ciclo de aperto monetário em outubro passado e já elevou a Selic a 11,75% ao ano. Para o mercado e economistas, novas altas da taxa básica de juros devem vir para domar a inflação.

Tombini disse que os preços administrados devem crescer 6% em 2015, "talvez um pouquinho mais alto do que isso", e indicou que existe uma tendência de alta do dólar no período.

Ele lembrou que, diante dos sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos, o Federal Reserve, banco central americano, pode elevar os juros locais e, assim atrair recursos que estão aplicados em outros países.

"O dólar reflete o momento internacional", afirmou ele, repetindo que nos próximo dias o BC vai defenir os novos parâmetros para as intervenções diárias no câmbio, realizadas desde agosto do ano passado.

O presidente do BC também repetiu que as políticas monetária e fiscal são independentes mas complementares, e que é importante recuperar a confiança dos agentes econômicos "no curtíssimo prazo" para alimentar o crescimento econômico.

Tombini voltou a dizer ainda que a queda nos preços do petróleo, acentuadas nas últimas semanas, ajuda na balança comercial brasileira, já que o País é importador líquido do produto.

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