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Toro Investimentos mira 500 mil clientes na corretora em 1 ano

17 jul 2018 - 10h37
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A fintech Toro Investimentos coloca sua corretora de valores em operação nesta quarta-feira, com planos de cadastrar 500 mil contas em 12 meses, apostando numa plataforma digital e um modelo de precificação diferenciado para atrair clientes.

A empresa, que teve aporte inicial de 46 milhões de reais de um grupo de investidores no ano passado, recebeu outros 20 milhões do mesmo grupo neste ano para acelerar a expansão. Só na corretora foram investidos 50 milhões de reais.

"Temos um produto transformador e um modelo de precificação inédito", disse Gabriel Kallas, um dos cinco sócios-fundadores da empresa, que ele define como fintech de investimento. Criada há oito anos em Belo Horizonte, a Toro obteve autorizações dos reguladores no começo de 2018 para funcionar.

De acordo com Kallas, antes mesmo da instituição financeira entrar em operação, já havia mais de 30 mil pessoas na fila de espera para abrir uma conta. Atualmente, a B3 tem cerca de 711 mil pessoas físicas cadastradas.

Nos últimos meses, as ações brasileiras têm sofrido com a piora da percepção de risco sobre o quadro macroeconômico do país e o cenário político-eleitoral. O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário doméstico, acumulou em maio queda de 10,87 por cento. Em junho, recuou 5,2 por cento. Em julho, contudo, acumula ganho de quase 5 por cento.

A Toro vai ingressar em um ambiente com casas já consolidadas que estão ampliando serviços e produtos e adotando metas e estratégias agressivas para ganhar mercado e enfrentar fintechs, como a unidade brasileira da INTL FCStone, a Clear, do Grupo XP, e a Terra Investimentos.

Kallas comparou a Toro com o aplicativo gratuito norte-americano de investimentos Robinhood, que levantou em maio 363 milhões de dólares em uma rodada de financiamento liderada pelo bilionário russo Yuri Milner.

Um dos chamarizes da Toro Investimentos é o sistema de precificação 'ganha-ganha' para ações, no qual o cliente paga corretagem apenas sobre o lucro da operação, desde que a mesma seja baseada em recomendação da equipe de análise da casa ou dentro do recurso de investimento planejado na plataforma.

No caso de ganho, a taxa é de 10 por cento sobre o lucro. Se o investimento tiver perda, o cliente não paga nada. Para operações fora desse padrão, as taxas seguem tabela com preços parecidos aos de outras corretoras.

Kallas diz que o foco da Toro é atrair clientes que ainda não operam, e que a tecnologia desenvolvida nos últimos dois anos busca simplificar ao máximo a experiência de investimento, "ser tão simples como comprar um livro pela internet".

Um diferencial criado pela empresa nesse sentido foi o desenvolvimento de um homebroker mais amigável, com caixinhas de recomendação de ações incluindo informações sobre potenciais ganhos e perdas e custos da operação.

"Integramos análise e educação em tudo", disse ele, prometendo custo zero para informações analíticas na plataforma mesmo para quem não tiver cadastro e incluindo o acesso a um assessor digital de investimentos.

Para investimentos em renda fixa, a corretora promete entre outros recursos um ambiente de 'marketplace'. "No caso de um cliente desejar fazer um resgate antecipado, a Toro calculará o desconto com base em condições do mercado e outros investidores terão acesso à oferta desse ativo no marketplace", explicou.

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