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Torres de energia são alvos de quarto ataque de vândalos, desta vez no interior de SP

Nova ocorrência foi verificada em uma torre de transmissão localizada no município de Rio das Pedras (SP); apesar das avarias, energia não chegou a ser interrompida

13 jan 2023 - 19h02
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BRASÍLIA - Uma nova ocorrência de vandalismo foi confirmada em linhas de transmissão de energia, com o propósito de causar blecautes e instaurar um clima de caos no País.

Os últimos dois certames de linhas de transmissão tiveram resultados ruins
Os últimos dois certames de linhas de transmissão tiveram resultados ruins
Foto: Divulgação / Estadão

A nova ocorrência foi confirmada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que fiscaliza o setor. O crime ocorreu nesta quinta-feira, 12, às 14h27, em uma torre de transmissão localizada no município de Rio das Pedras (SP), na linha de alta tensão que lida as cidades de Assis e Sumaré.

"A Aneel tem conhecimento do evento. O fato já foi reportado para o Ministério de Minas e Energia e autoridades de segurança. A empresa está atuando nas avarias detectadas", declarou a agência.

Segundo o órgão, não houve "dano significativo nas instalações de transmissão" e não chegou a ocorrer a interrupção do fornecimento de energia. "Antecipadamente, as avarias foram identificadas após a determinação da Aneel de reforço na segurança das instalações alinhada à rotina definida pelo MME", informou.

Na quarta-feira, 11, a Polícia Federal abriu inquérito para identificar envolvidos em um suposto crime de "atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública", por causa da queda de uma torre de transmissão de energia elétrica, localizada na cidade de Medianeira, interior do Paraná, a 585 quilômetros de Curitiba.

Além desta ocorrência, foram registradas quedas de outras duas torres de transmissão, estas localizadas em Rondônia. O relatório do órgão já apontava "indícios de vandalismo".

Os envolvidos poderão responder pelo crime previsto no artigo 265 do Código Penal - atentar contra a segurança ou funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor ou qualquer outro de utilidade pública -, 'bem como outros eventualmente identificados', com pena de reclusão de até cinco anos.

O governo instaurou um gabinete de crise para monitorar a segurança de instalações do setor elétrico. O grupo vai apurar a relação desses atos com os crimes que extremistas realizaram no domingo, 8, em Brasília.

Nos próximos 15 dias, as empresas devem encaminhar informações à Aneel informações sobre qualquer ato ou tentativa de ataques às instalações físicas ou à segurança cibernética dos ativos.

Estadão
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