Trabalhadores da Ambev entram em greve em Manaus
Sindicato reivindica piso salarial, reajuste da inflação e PLR; empresa nega adesão dos funcionários a paralisação
Os trabalhadores da Ambev de Manaus entraram em greve por tempo indeterminado na última quarta-feira por um piso salarial de R$ 1,5 mil, reajuste da inflação nos salários e a criação de uma política de participações nos lucros (PLR) na companhia.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas de Manaus, representantes da fabricante estiveram na entidade nos dias 13 e 14 de maio, mas não apresentaram propostas aos funcionários. A fabricante rebateu a afirmação e, em nota, explicou que se colocou aberta ao diálogo com o sindicato para que a proposta apresentada por ela seja levada a todos os funcionários, e afirma que não recebeu qualquer notificação sobre o início de uma greve nos termos legais.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins apoia a greve e está promovendo uma campanha nacional de boicote aos produtos da Ambev. De acordo com a entidade, os funcionários estão há dois anos sem reajuste salarial e aproximadamente 80% dos trabalhadores aderiram ao movimento até o momento.
No entanto, a empresa informou que "a expressiva maioria de seus funcionários em Manaus não aderiu à tentativa de paralisação. Os empregados querem seguir com a rotina normal de trabalho a despeito de qualquer bloqueio ou desordem que o sindicato possa instalar na entrada da unidade".
A Ambev afirmou que as fábricas de Manaus continuam operando normalmente e que a produção e o abastecimento dos pontos de venda não serão afetados.