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Trader de Connecticut é condenado em caso de propinas na Petrobras

26 set 2024 - 20h28
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Um trader do setor de petróleo e gás do Estado norte-americano de Connecticut foi condenado nesta quinta-feira em um esquema de propinas a autoridades da Petrobras por quase oito anos para que duas empresas locais pudessem obter negócios, disseram procuradores norte-americanos.

Glenn Oztemel, de 65 anos, foi condenado por um júri de Bridgeport em todas as sete acusações contra ele, incluindo lavagem de dinheiro, conspiração e violação do Foreign Corrupt Practices Act, a lei de práticas de corrupção no exterior norte-americana.

Oztemel e outro réu, o corretor de petróleo e gás ítalo-brasileiro Eduardo Innecco, foram acusados de pagar propina a autoridades para que a Arcadia Fuels e a Freepoint Commodities obtivessem contratos e detalhes confidenciais sobre os negócios da Petrobras.

Procuradores afirmaram que Oztemel pagou mais de 1 milhão de dólares em propina para autoridades da Petrobras no Brasil e para Rodrigo Berkowitz, trader de combustíveis da companhia brasileira em Houston.

Os réus supostamente usavam linguagem cifrada como "café da manhã" ou "porções de café da manhã" e "desvio de frete" para se referir a propinas e suas quantidades.

Segundo promotores, o esquema funcionou de 2010 a 2018. Oztemel trabalhou tanto na Arcadia quanto na Freepoint antes de se aposentar em 2020.

"Estamos muito decepcionados com o veredicto de hoje", afirmou o advogado de Oztemel, Nelson Boxer, por email.

"Glenn tem um histórico de 40 anos na indústria do petróleo, e continuaremos lutando para limpar o bom nome de Glenn."

Innecco está aguardando a extradição da França para responder às acusações dos Estados Unidos. O irmão de Oztemel, Gary, declarou-se culpado em junho pela acusação de lavagem de dinheiro.

Em dezembro passado, a empresa Freepoint assinou um acordo e aceitou pagar mais de 98 milhões de dólares para resolver ações judiciais relacionadas às acusações de propina nos EUA.

Autoridades brasileiras investigaram funcionários da Freepoint na Operação Lava Jato.

Em fevereiro de 2019, Berkowitz se declarou culpado em acusação de conspiração para lavagem de dinheiro. Ele ainda não recebeu a sua sentença, segundo registros judiciais.

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