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Três sindicatos de comissários de bordo dos EUA mostram preocupação sobre Boeing 737 MAX

1 nov 2019 - 15h20
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Sindicatos que representam comissários de bordo de três companhias aéreas norte-americanas que operam jatos Boeing 737 MAX afirmaram que estão mais relutantes em apoiar o retorno dos voos do avião após audiências no Congresso dos Estados Unidos nesta semana.

Aviões do modelo Boeing 737 MAX no aeroporto internacional de in Moses Lake, Washington. 16/9/2019. REUTERS/Lindsey Wasson
Aviões do modelo Boeing 737 MAX no aeroporto internacional de in Moses Lake, Washington. 16/9/2019. REUTERS/Lindsey Wasson
Foto: Reuters

Os líderes dos sindicatos de comissários da Southwest Airlines e da United Airlines aderiram a exigências de colegas para terem papel ativo nas decisões de reguladores e de companhias aéreas na volta dos voos do 737 MAX, após duas quedas que mataram centenas de pessoas na Indonésia e Etiópia entre 2018 e o início deste ano.

Os dois sindicatos falaram depois de notícias de que o presidente do sindicato de comissários da American Airlines enviou uma carta ao presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, afirmando que as audiências do executivo no Congresso norte-americano nesta semana criaram dúvidas sobre a supervisão em torno do 737 MAX.

"Os emails, o testemunho... tudo leva a mais dúvidas que respostas", disse Chad Kleibscheidel, do sindicato de comissários da Southwest em referência a mensagens trocadas por funcionários sobre a segurança da aeronave antes de ser certificada em 2017. As mensagens foram divulgadas durante as audiências.

A Southwest é a maior operadora do 737 MAX no mundo e tem mais de 15 mil comissários de bordo treinados no avião.

Sara Nelson, presidente da Associação de Comissários de Bordo (CWA), que representa funcionários de 20 companhias aéreas, incluindo a United, disse: "Esta semana marcou um passo atrás no processo, não adiante."

O porta-voz da Boeing Gordon Johndroe afirmou em comunicado que a companhia está comprometida em fornecer aos comissários, pilotos e companhias aéreas a informação de que precisam para voltarem a ter confiança na aeronave.

Os comissários de bordo dos EUA foram um dos grupos responsáveis por pedidos à agência de aviação do país (FAA) para suspender os voos do 737 MAX, após um jato do modelo operado pela Ethiopian Airlines mergulhar para o chão após decolar de Adis Ababa em 10 de março, cinco meses após uma queda semelhante ocorrida com jato operado pela indonésia Lion Air. Os incidentes juntos mataram 346 pessoas.

Os pilotos da Southwest processaram a Boeing para cobrar salários durante a suspensão dos voos do 737 MAX. "Os comissários de bordo também foram duramente atingidos", disse Kleibscheidel, que preside o sindicato de comissários da Southwest, o Transport Workers Local 556.

"As pessoas têm contas para pagar e bocas para alimentar. Sem aviões, sem pagamento."

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