O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, agradeceu ao até hoje titular de Finanças, Yanis Varoufakis, por seu "incansável esforço" para defender os interesses da Grécia nas negociações com os parceiros do país, informou o porta-voz do Executivo, Gavriil Sakellaridis.
Após a vitória do "não" no referendo deste domingo sobre as condições impostas pelos credores, Varoufakis anunciou sua renúncia para facilitar um acordo com os credores. Após a reunião de Tsipras com os líderes dos partidos políticos, com exceção dos neonazistas, o Executivo anunciará seu sucessor, esclareceu Sakellaridis.
"O primeiro-ministro sente a necessidade de agradecer (a Varoufakis) por seu incansável esforço para defender a posição e os interesses do governo e do povo grego em condições muito difíceis", assegurou o porta-voz.
Além disso, reconheceu em Varoufakis o "papel líder" que representou nas negociações com os credores desde que o partido esquerdista Syriza ganhou as eleições gerais do dia 25 de janeiro.
Desde então, Varoufakis foi a figura mais controvertida no exterior, e nas reuniões do Eurogrupo muitos ministros se queixavam mais ou menos abertamente que era pelo menos difícil colaborar com o titular grego.
Isto levou a que em abril, Tsipras decidisse reduzir seu papel nas negociações em Bruxelas e deixasse de fato o comando das conversas com o vice-ministro de Relações Internacionais Econômicas, Euclidis Tsakalotos.
Veja a festa dos gregos após o 'não' vencer o referendo
Foto: Kay Nietfeld / EFE
Veja a festa dos gregos após o 'não' vencer o referendo
Foto: EPA/Yannis Kolesidis / EFE
Milhares de gregos foram às ruas para comemorar a vitória no referendo
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Grupos foram à Praça Syntagma, em Atenas, carregando milhares de bandeiras
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Os eleitores gregos rejeitaram as propostas dos credores internacionais – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional
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População disse ser contra às exigências dos credores para liberar um novo pacote de resgate ao país
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Cerca de 9,8 milhões de gregos foram convocados a decidir se o governo deveria aceitar ou não as exigências de seus credores
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Referendo previa ajuda financeira de mais de 7 bilhões de euros
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Dinheiro seria usado para pagar uma parcela de 1,6 bilhão de euros de um empréstimo do FMI
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Para liberar o montante, a Comissão Europeia, o fundo monetário e o Banco Central Europeu - a ex-Troika - cobram um amplo plano de reformas, incluindo aumento de impostos e revisão de aposentadorias
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Gregos comemoram a vitória nas urnas
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População rejeitou a proposta dos credores
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Nas avenidas próximas à praça, foi possível ouvir buzinas de automóveis em sinal de apoio às projeções que apontam a vitória do não no referendo