Tuk-tuk elétrico em SP facilita a logística e atende agenda ESG
Transporte de cargas ganha aliado ESG no trânsito das capitais
O mundo corporativo pede cada vez mais que a agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa) saia do discurso e entre na vida prática das empresas. Mas como conciliar essas práticas à logística de entregas, que tanto sofre com o trânsito das capitais brasileiras? A resposta pode estar no tuk-tuk.
Tuk-tuk é um veículo de três rodas com motor, que é usado como meio de transporte em muitos países da Ásia. O tuk-tuk é amplamente usado para transportar passageiros e mercadorias em curtas distâncias, como viagens dentro de uma cidade.
É o caso do tuk-tuk Formigão Baú, da Cicloway, que tem capacidade de 500 kg e é usado em diferentes segmentos da logística. A montadora inclusive promove a montagem de veículos elétricos dentro da lógica da responsabilidade social, com programas para incentivar a entrega e recolhimento de recicláveis.
“O Formigão Baú é uma alternativa excelente para as empresas, principalmente para a etapa final de transporte, o last mile. É um veículo que oferece economia a longo prazo, segurança para as cargas e conforto ao trabalhador”, disse João Hannud, diretor-executivo da Cicloway.” Além disso, vai de encontro ao nosso propósito de minimizar os impactos ao meio ambiente, por estarmos 100% alinhados aos compromissos ESG, zerando e neutralizando a emissão zero de gases poluentes. Os veículos elétricos têm tido um impacto ambiental muito positivo e têm sido bem recebidos pelo público corporativo.”
Opção ESG para empresas de logísticas e e-commerces
Em um primeiro momento, o principal público desse tipo de tuk-tuk elétrico são empresas de logísticas e e-commerces, além de negócios que têm a entrega na jornada de compra.
“Eles têm notado a vantagem em inserir em seus projetos veículos elétricos tanto por sua responsabilidade socioambiental quanto pela economia, inovação e tecnologia. Além disso, os ciclomotores são um modelo de publicidade sustentável por poderem ser mídias alternativas e meios para promover campanhas personalizadas sem emissão de divulgação sonora ou poluição visual. Estes veículos têm impacto de mídia e geram maior relacionamento tanto entre nós com os nossos clientes, quanto essas empresas com seus públicos de interesse”, defende Hannud.
O próprio Formigão Baú, por exemplo, faz a gestão de resíduos sólidos, promovendo a logística reversa, uma grande preocupação dos geradores de embalagem
“Por não usar combustível, minimiza a poluição e anula a emissão de gases poluentes. Além disso, para que as práticas ESG sejam absorvidas pelos colaboradores, o desenvolvimento humano para que tenhamos mais agentes a favor do meio ambiente, é um outro ponto positivo. Por fim, o uso de veículos como este promove a transparência administrativa e o cumprimento da Lei de Resíduos Sólidos, entre outros”, completa o diretor-executivo da Cicloway.
O tuk-tuk elétrico na última etapa da entrega
Uma das empresas que já fazem uso do tuk-tuk elétrico em São Paulo é a Venuxx, agência de last mile delivery e logística premium feita por mulheres.
“Como forma de unir propósitos de responsabilidade socioambiental, o nosso objetivo ao sugerir o uso de veículos elétricos para executar as entregas, é promover menor impacto ambiental, com uma solução inovadora e que gere impacto visual também”, diz Gabrielle Jaquier, CEO da Venuxx. “Lembrando que a última etapa de entrega ― last mile delivery ― é muito importante para gerar uma experiência positiva no consumidor.”
“A empresa já trabalhava com projetos de compensação e neutralização de carbono e quis evoluir ainda mais. Com um processo logístico focado em cada cliente, a Venuxx consolida as cargas em uma unidade entregadora e traça as rotas de forma assertiva, combinando ESG e eficiência. A empresa tem seu serviço utilizado em mais de 50 cidades brasileiras, por mais de 350 lojas”, completa a executiva.
Delivery do sacolão através do tuk-tuk
Quem também investe no tuk-tuk elétrico na capital paulista é a Da Santa, especializada na entrega de frutas, legumes, carnes, queijos, pães e massas. A empresa já usa o serviço há dois anos.
“Entre as vantagens, para nós o grande diferencial é a emissão zero de CO2 que está alinhada com os nossos objetivos, além, claro, da agilidade e a facilidade de estacionar. Acreditamos no Da Santa que o ESG tem que ser cultura e não estratégia ou oportunidade, a preocupação tem que ser cultural para que seja internalizada de verdade”, diz Julio Aoki, diretor e fundador da empresa.
“O uso de veículo 100% elétrico para entregas, conscientização sobre o uso racional de sacolas plásticas, não cobramos por elas por isso prefiro conscientizar, reaproveitamento das caixas de papelão para as entregas de e commerce e para substituir o uso das sacolas plásticas nos checkouts”, enumera Aoki as práticas ESG da empresa.
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