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UBS fecha a compra do rival Credit Suisse por US$ 3,25 bilhões

Bancos chegam a acordo após interferência de autoridades suíças; segundo o presidente suíço, acordo é um grande passo para "a estabilidade das finanças internacionais"

19 mar 2023 - 14h27
(atualizado às 19h41)
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Foto: NeoFeed

O banco suíço UBS fechou a compra do seu rival menor, o Credit Suisse, por US$ 3,25 bilhões, em um esforço para evitar mais turbulências no mercado bancário global, anunciou o presidente suíço Alain Berset neste domingo, 19.

Berset chamou o anúncio de "um grande passo para a estabilidade das finanças internacionais". "Um colapso descontrolado do Credit Suisse traria consequências incalculáveis para a Suíça e para todo o sistema financeiro internacional", disse.

O Conselho Federal Suíço, um organismo com sete membros, incluindo Berset, aprovou uma legislação de emergência que permite que a fusão ocorra sem a aprovação dos acionistas.

A ministra das Finanças da Suíça, Karin Keller-Sutter, disse que o conselho "lamenta que o banco, que já foi uma instituição modelo na Suíça e parte de nossa forte cultura, tenha entrado nessa situação".

A combinação dos dois maiores e mais conhecidos bancos suíços, cada um com histórias que remontam a meados do século 19, representa uma tormenta para a reputação da Suíça como um centro financeiro global - deixando-a à beira de ter um único "campeão nacional" entre as instituições financeiras globais.

Berset disse que o Conselho Federal já vinha discutindo a situação conturbada no Credit Suisse desde o início do ano, e realizou reuniões urgentes nos últimos quatro dias, em meio a preocupações crescentes sobre sua saúde financeira que causaram grandes quedas no preço das ações e levantou a sombra de uma nova crise financeira como a de 2008.

Investidores e analistas do setor bancário ainda estavam digerindo o negócio, mas havia uma certa rejeição ao acordo, principalmente pelo ao dano à reputação que o negócio poderia ter na imagem da Suíça como um centro bancário global.

"Uma reputação nacional de gestão financeira prudente, supervisão regulatória sólida e, francamente, de ser um tanto sisudo e enfadonho em relação aos investimentos foi apagada", disse Octavio Marenzi, CEO da empresa de consultoria Opimas LLC, por e-mail.

Marenzi acrescentou esperar que o modelo governamental de democracia direta da Suíça provavelmente resulte em contestações judiciais e eleitorais em relação ao acordo, potencialmente levando a mais caos./AP

Estadão
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