UE sinaliza que não haverá alívio no acesso ao mercado financeiro após Brexit
O acesso ao mercado da União Europeia para empresas financeiras estrangeiras não será facilitado para o Reino Unido após o Brexit e melhorias no regime de equivalência serem aplicadas a países terceiros, disse uma autoridade da UE à Reuters.
Os comentários reforçam a perspectiva de que bancos e seguradoras do distrito financeiro da cidade de Londres enfrentarão na melhor das hipóteses o comércio transfronteiriço restrito com o bloco após o Reino Unido deixar a UE.
As instituições da cidade já reduziram as expectativas de acesso total e contínuo do Reino Unido à UE após o final do período de transição, ou por um novo acordo comercial.
Isso deixa o Reino Unido com o sistema de acesso direto ao mercado do bloco - conhecido como equivalência - como a aposta provável porém imperfeita, disseram autoridades da UE.
Isso refere-se à concessão de acesso de Bruxelas, se decidir que as regras de origem de uma empresa estrangeira oferecem proteção para investidores da UE na mesma medida que as próprias regras do bloco. Isso significa que uma empresa estrangeira pode evitar o custo de estabelecer uma subsidiária na UE.
Líderes da União Europeia disseram em março que o Reino Unido poderia receber uma versão melhorada de equivalência, aumentando as esperanças de um sistema mais flexível para empresas financeiras em Londres.
Mas um alto funcionário da Comissão Europeia disse que as melhorias que Bruxelas tem em mente já estão sendo feitas.
"A nossa legislação já está preparada para fins de equivalência", disse o funcionário, sob anonimato.
"Nós temos globalmente as regras mais abertas para o reconhecimento de regimes de países terceiros, mas estamos vendo caso a caso enquanto revemos a legislação, se houver mudanças."