'Um ajuste justo', diz presidente da Petrobras sobre alta nos preços dos combustíveis
Litro da gasolina teve aumento de R$ 0,41 e do diesel R$ 0,78 na venda às distribuidoras; confira quanto o consumidor final irá pagar
O litro da gasolina e do diesel está custando mais caro a partir desta quarta-feira, 16. "A gente fez um ajuste justo”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em entrevista à GloboNews. A gasolina teve um aumento de R$ 0,41 no valor do litro vendido para as distribuidoras. Já o diesel, alta de R$ 0,78.
Para Prates, a nova política de preços da estatal, adotada em maio, continua eficiente. Ele explicou que as medidas que têm sido anunciadas ajudam a combater a volatilidade nos valores dos combustíveis.
"Nós chegamos a um patamar diferente e tivemos que fazer um ajuste para chegar num valor marginal de novo, aquele que a gente não sai da mesa porque não vende. Então, a gente fez um ajuste justo", frisou.
Para os próximos meses, com o inverno no hemisfério norte, a expectativa é de alta no diesel e queda no preço do litro da gasolina. Além disso, Prates afirmou que o presidente Lula não interferiu na definição do reajuste de preços. "O mandato é da presidência da Petrobras", complementou.
Novos preços
Gasolina A
• Litro vendido às distribuidoras por R$ 2,93
• Litro vendido ao consumidor final por, em média, R$ 2,14
Teoricamente, o valor fica abaixo da média do que é cobrado às distribuidoras levando em consideração a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos.
Diesel A
• Litro vendido às distribuidoras por R$ 3,80
• Litro vendido ao consumidor final por, em média, R$ 3,34
Assim como no caso da gasolina, o valor considera a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos. Sendo assim, teoricamente, o consumidor paga mais barato pelo litro do combustível.
Por que aumentou?
Em nota, a Petrobras ressaltou que a implementação da nova estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, "incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação".
A empresa complementa dizendo que, em um primeiro momento, foi possível reduzir os preços de gasolina e diesel e mitigar os efeitos da volatilidade e de alta abrupta dos preços externos.
Porém, após esse período de estabilidade, a Petrobras afirma que ajustes de preços para ambos os combustíveis se tornaram necessários em meio aos parâmetros da estratégia comercial da empresa, que tem como prioridade o reequilíbrio com o mercado.
"Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente", finaliza a nota.