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Unigel paralisa fábricas de fertilizantes na Bahia e em Sergipe e demite 255 funcionários

Empresa alega que preço do gás natural, usado como principal matéria-prima, está entre os mais elevados do mundo e diz que poderá reavaliar retomada se contrato com Petrobras se concretizar

6 mar 2024 - 17h09
(atualizado às 17h29)
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As duas unidades usam gás natural como principal matéria-prima e geraram cerca de 600 empregos diretos.
As duas unidades usam gás natural como principal matéria-prima e geraram cerca de 600 empregos diretos.
Foto: Divulgação

A Unigel informou nesta quarta-feira, 6, que vai paralisar temporariamente as fábricas de fertilizantes nitrogenados na Bahia e em Sergipe. A empresa afirma que manterá uma infraestrutura mínima para manutenção e preservação dos ativos, além de garantir o cumprimento dos compromissos legais e socioambientais nos dois Estados.

Segundo a Unigel, a empresa teve prejuízos em 2023 e 2024, mas preservou a maioria de seu quadro de funcionários. A expectativa era que fossem bem-sucedidas as negociações e frentes de trabalho buscando a redução do preço do gás natural via governo federal, bem como uma alternativa temporária via contrato de tolling (serviço de processamento de gás com vista à produção de ureia e amônia), além da parceria estratégica em combustíveis renováveis junto à Petrobras, que não entraram em vigor até o momento.

"Apesar dos esforços de inúmeros segmentos, como federações e associações empresariais, empresas e partidos políticos, o preço do gás natural no país ainda está entre os mais elevados do mundo, chegando a custar até seis vezes mais que no Oriente Médio e Estados Unidos", afirmou a empresa.

A Unigel afirmou em comunicado que, ao ingressar no setor de fertilizantes em 2020, acreditava na abertura do mercado livre de gás natural no País e investiu cerca de R$ 600 milhões nas duas fábricas de fertilizantes nitrogenados arrendadas da Petrobras na Bahia e em Sergipe.

As duas unidades usam gás natural como principal matéria-prima e geraram cerca de 600 empregos diretos. Com a decisão de paralisar as fábricas, 255 funcionários foram demitidos.

Em relação ao contrato de tolling, a Unigel disse que a negociação com a Petrobras depende do cumprimento de condições precedentes para entrar em vigor. A petroquímica destacou que o acordo foi submetido à análise do Tribunal de Contas da União (TCU) por questões de governança interna da estatal "da qual a Unigel desconhece e não participa".

"Cabe salientar que, em relação ao contrato de tolling, uma vez cumpridas as condições precedentes, a companhia poderá reavaliar a retomada da produção", afirmou a Unigel em comunicado, acrescentando que segue acreditando na sensibilização do governo federal, através dos poderes Executivo e Legislativo, dos governos estaduais e da Petrobras quanto às políticas de preço do gás natural destinado à indústria nacional.

A empresa cita no comunicado que contribuiu para a redução da dependência do País sobre as importações de fertilizantes nitrogenados em aproximadamente 15%. O insumo é fundamental para o agronegócio. A Unigel acrescentou que também é a única produtora de ARLA, um aditivo adicionado nos motores a diesel para redução da emissão de gases poluentes.

Estadão
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