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Usina de Itaipu tem a energia mais cara entre as grandes hidrelétricas, aponta estudo

Segundo a Frente Nacional de Consumidores de Energia, em 2023, a tarifa da energia da hidrelétrica atingiu o valor de R$ 294

2 mai 2024 - 05h00
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Resumo
Levantamento da Frente Nacional de Consumidores de Energia constatou que, entre as grandes hidrelétricas brasileiras, a usina binacional de Itaipu registrou custo de geração mais alto para os brasileiros, chegando a custar quase 3 vezes mais que a mais cara comparável e 5 vezes mais que a mais barata.
Barragem de Itaipu, Brasil e Paraguai: Trecho da barragem maciça localizada entre os dois países
Barragem de Itaipu, Brasil e Paraguai: Trecho da barragem maciça localizada entre os dois países
Foto: Foto: Istock

A usina binacional de Itaipu é a hidrelétrica com o maior custo de geração de energia, entre as maiores do tipo, no Brasil. O dado consta no levantamento realizado pela Frente Nacional de Consumidores de Energia, segundo o qual em 2023 as 31 distribuidoras obrigadas a comprar energia de Itaipu pagaram R$ 294 por cada megawatt-hora (MWh). 

O valor estipulado pela usina foi significativamente acima do praticado por outras grandes hidrelétricas comparáveis. Enquanto a média do grupo foi de R$ 101,78 por MWh, o preço de Itaipu é quase o triplo. Comparada à hidrelétrica mais cara desse grupo, Ilha Solteira, Itaipu custa praticamente o dobro. Em relação à mais barata, Xingó, o valor é cinco vezes maior. 

Segundo a Frente Nacional de Consumidores de Energia, a tarifa de Itaipu deveria ser equivalente ao praticado pelas hidrelétricas mais antigas, como Furnas e Itaparica, cujas tarifas no ano passado foram de R$ 65 e R$ 70, respectivamente. No entanto, o valor da energia de Itaipu supera até mesmo o das três jovens hidrelétricas da região Norte, que ainda não amortizaram os custos de implantação.

O que explica o valor elevado

Uma das razões para esse valor exorbitante é a disputa entre Brasil e Paraguai pela definição da tarifa da energia de Itaipu, gerida pela estatal Itaipu Binacional. Segundo a Frente Nacional de Consumidores de Energia, isso pode influenciar no aumento da conta de luz dos brasileiros.

Se a proposta paraguaia prevalecer, o preço da energia para os brasileiros aumentaria 1,4%, de acordo com estudos divulgados. Atualmente, o custo de Itaipu representa 3,5% na conta de luz dos brasileiros, e a usina contribui com 9,8% de toda a energia elétrica produzida no País.

Atualmente, o Paraguai propõe aumentar a tarifa de R$ 85,30 para R$ 105,93, enquanto o Brasil busca reduzir para R$ 75,40. Segundo a Frente, considerando que o custo de construção já foi pago, a tarifa de Itaipu deveria chegar a R$ 51,05 por KW/mês com base apenas nas condições acordadas bilateralmente.

Responsáveis por pagar pela energia de Itaipu no Brasil

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores de Itaipu são 31 distribuidoras em dez estados e no Distrito Federal, localizados nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. Saiba quem são: 

São Paulo

  • Enel SP (Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo)
  • EDP SP (São Paulo Distribuição de Energia)
  • Elektro (Neoenergia Elektro)
  • CPFL Paulista (Companhia Paulista de Força e Luz)
  • CPFL Santa Cruz (Companhia Jaguari de Energia)
  • CPFL Piratininga (Companhia Piratininga de Força e Luz)
  • ESS (Energisa Sul-Sudeste)*

Rio de Janeiro

  • Light
  • Enel RJ (Ampla Energia e Serviços)
  • EMR (Energisa Minas Rio, antiga EMG)*
  • Minas Gerais
  • Cemig (Companhia Energética Minas Gerais)
  • CPFL Santa Cruz (Companhia Jaguari de Energia)
  • DMED
  • EMR (Energisa Minas Rio, antiga EMG)*
  • ESS (Energisa Sul-Sudeste)*

Espírito Santo

  • EDP ES (Espírito Santo Distribuição de Energia)
  • Mato Grosso
  • EMT (Energisa Mato Grosso)

Mato Grosso do Sul

  • EMS (Energisa Mato Grosso do Sul)
  • Goiás
  • Celg (Equatorial Goiás)
  • Chesp (Companhia Hidroelétrica São Patrício)

Distrito Federal

  • NDB (Neonergia, antiga CEB)

Paraná

  • Copel
  • Cocel (Companhia Campolarguense de Energia)
  • CPFL Santa Cruz (Companhia Jaguari de Energia)
  • Forcel (Força e Luz Coronel Vivida)
  • ESS (Energisa Sul-Sudeste)*

Santa Catarina

  • Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina)
  • DCELT (Distribuidora Catarinense de Energia Elétrica, antiga Ienergia)
  • Cooperaliança (Cooperativa Aliança)

Rio Grande do Sul

  • CEEE distribuição (Equatorial Energia)
  • DEMEI (Departamento Municipal de Energia de Ijuí)
  • Eletrocar (Centrais Elétricas de Carazinho)
  • ELFSM (Empresa Luz e Força Santa Maria)
  • RGE Sul
  • Nova Palma Energia
  • Muxenergia (Muxfeldt Marin & Cia)
Fonte: Redação Terra
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