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Vale prevê maior parte dos desembolsos por Brumadinho até 2021

2 out 2019 - 19h21
(atualizado às 20h31)
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A Vale prevê que maior parte dos desembolsos para encerramentos definitivos de barragens e reparações ligados ao desastre de Brumadinho (MG) ocorram até 2021, informou a mineradora nesta quarta-feira em apresentação ao mercado.

Capacete com logotipo da Vale em meio aos destroços do rompimento da barragem de Brumadinho. 13/2/2019. REUTERS/Washington Alves
Capacete com logotipo da Vale em meio aos destroços do rompimento da barragem de Brumadinho. 13/2/2019. REUTERS/Washington Alves
Foto: Reuters

A companhia já assinou 500 acordos de indenização individual ou em grupo, somando 1.100 beneficiários, com o pagamento de 172 milhões de reais, devido ao rompimento de barragem de rejeitos na cidade mineira, em 25 de janeiro, que deixou cerca de 250 mortos, a maior parte de funcionários da empresa.

Outros 460 acordos relacionados a indenizações trabalhistas também já foram acertados, totalizando 1.300 beneficiários, sendo 432 milhões de reais para indivíduos e 400 milhões de reais coletivos.

Também foram pagos até agora 840 milhões de reais em indenizações emergenciais.

"Os principais acordos civis e trabalhistas foram estabelecidos e a adesão está aumentando", afirmou a empresa na apresentação feita a analistas.

O rompimento liberou uma onda de rejeitos do beneficiamento de minério de ferro, que atingiu comunidades, mata e rios da região, incluindo o importante Paraopeba.

A expectativa da Vale é que as despesas anuais relacionadas ao encerramento definitivo de barragens de risco e às reparações devido à tragédia cheguem a entre 1,5 bilhão a 2,1 bilhões de dólares no próximo ano, antes de cair até 2022.

CUSTOS COM O DESASTRE

Devido ao desastre, a Vale foi levada a paralisar diversas minas, em meio a uma revisão de segurança de suas estruturas.

Na apresentação, a empresa reiterou expectativa de retomar a produção anual de cerca de 60 milhões de toneladas de minério de ferro até o fim de 2021, sendo 5 milhões ainda neste ano, 30 milhões em 2020 e 25 milhões no ano seguinte.

"A retomada... em condições seguras é fundamental para a estabilidade", frisou a mineradora.

A Vale pontuou que essa retomada, juntamente com as atividades da importante mina S11D, no Pará, levarão a uma redução de custos.

A expectativa da Vale é que o custo caixa unitário C1 do negócio do minério de ferro fique entre 15 e 16 dólares por tonelada no terceiro trimestre e de 13 a 14 dólares por tonelada no quarto trimestre, ante 17,6 dólares no segundo trimestre.

As despesas unitárias de parada relativa a Brumadinho devem variar entre 3 e 4 dólares por tonelada de minério de ferro no terceiro trimestre e entre 2,5 e 3,5 dólares por tonelada no quarto trimestre, ante 5,7 dólares no segundo trimestre.

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