Vale-refeição dura em média 10 dos 22 dias úteis do mês, aponta levantamento
Para cobrir os gastos mensais, o valor do benefício recebido pelos trabalhadores deveria ser de R$ 1.135,42
O saldo do vale-refeição que trabalhadores recebem nas empresas para alimentação no horário de trabalho dura, em média, 10 dos 22 dias úteis no mês, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira, 3, pela Ticket, empresa de vale-refeição e vale-alimentação.
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A pesquisa + Valor, aponta que o preço médio da refeição completa (prato principal, sobremesa, bebida e café) vendida nos restaurantes brasileiros é de R$ 51,61. Assim, o valor ideal do benefício para durar todo o mês seria de R$ 1.135,42, 110% acima da média que as empresas costumam conceder, que é de R$ 540,55.
Considerando que o salário médio do brasileiro em 2024 é de R$ 3.123, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), o gasto com o almoço no mês pode onerar até 35% da renda mensal de uma pessoa que não recebe o benefício-refeição.
"Esse cálculo reforça a importância de as empresas, além de concederem os benefícios para os empregados, estarem atentas ao custo médio da refeição nas regiões onde estão localizadas, para que possam garantir a eles o acesso a refeições completas e de qualidade”, comenta Natália Ghiotto, diretora de produtos da Ticket.
Na análise regional, Sul e Sudeste ultrapassam a média nacional de duração do benefício-refeição, com 12 dias. No Sul, o preço médio da refeição completa, segundo a pesquisa, é de R$ 48,91, ou seja, em 22 dias úteis o trabalhador terá desembolsado R$ 1.076,02.
Já no Sudeste, que tem o preço médio da refeição em R$ 54,54, o gasto ao final do mês seria em torno de R$ 1.199,88, 84% a mais em relação ao valor do benefício que os trabalhadores na região recebem, de R$ 652,95.
Já o Nordeste representou a menor média: 8 dias de duração do vale-refeição. Na região, o preço médio da refeição completa é R$ 49,09, o que representa um gasto mensal em torno de R$ 1.079,98, ou seja, 163% superior à média do benefício recebido pelos trabalhadores nordestinos, de R$ 411,21.