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Paulo Guedes: "Vamos salvar a indústria brasileira"

Paulo Guedes diz que Ministério da Indústria se transformou em trincheira na defesa de protecionismo

30 out 2018 - 18h14
(atualizado às 18h35)
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O economista Paulo Guedes, provável titular do superministério da Economia, defendeu nesta terça-feira, 30, a extinção do ministério da Indústria e Comércio (Midc), dizendo que a pasta se transformou em uma "trincheira da primeira guerra mundial" na defesa de protecionismo.

Segundo ele, o governo de Jair Bolsonaro vai retirar os subsídios ao setor, salvando assim a "indústria brasileira, apesar dos industriais brasileiros".

Paulo Guedes afirmou que o Mercosul não será prioridade no governo de Bolsonaro
Paulo Guedes afirmou que o Mercosul não será prioridade no governo de Bolsonaro
Foto: Wilton Júnior / Estadão Conteúdo

"O Brasil está em um processo de desindustrialização acelerada há mais de 30 anos. Eles (Midc) estão lá com arame farpado, lama, buraco, defendendo protecionismo, subsídio, coisas que prejudicam a indústria, ao invés de lutar por redução de impostos, simplificação e é uma integração competitiva à indústria internacional", afirmou.

Segundo Guedes, a proposta do superministério não é fazer uma abertura abrupta da economia, que "mataria a indústria". Ele propõe retomar o crescimento da indústria garantindo juros baixos, eliminando a complexidade burocrática e reduzindo os impostos.

"O maior símbolo de que os impostos são excessivos é que quem tem lobby consegue desoneração e quem não tem vai para o Refis (programa de refinanciamento de impostos). Se os impostos fossem mais baixos, não precisaria de nada disso", disse.

"A razão do Midc estar próximo da Economia é justamente ter uma única orientação sobre tudo isso", completou Paulo Guedes.

O homem forte da economia de Jair Bolsonaro afirmou que a distribuição de cargos ainda não chegou nas estatais. Perguntado se o grupo já havia discutido uma proposta para o programa de subsídio do diesel, que acaba em 31 de dezembro, ele disse que "chegou a pensar em alguma coisa", mas não discutiu com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ele não quis detalhar a proposta.

Estadão
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