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Veja quais as melhores opções de investimento para os filhos 

Especialista faz recomendações e simulações de rendimento para 18 anos

16 set 2022 - 06h00
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Foto: Adobe Stock

Muitos pais querem fazer uma poupança para seus filhos. Mas escolher onde colocar o dinheiro para esse fim pode ser difícil para quem não é investidor experiente, tendo em vista que será uma grande soma, e o valor deve ter uma boa rentabilidade mas sempre com segurança. 

Como saber qual a melhor opção? Essa era a dúvida de Isabele Vicelli, que teve um filho recentemente e buscava uma forma de investimento para o futuro dele. A ideia de Isabele é investir cerca de R$ 200 ao mês, até a maioridade do filho daqui 18 anos. 

A especialista Liliana Berthier, COO da Lifetime Asset Management fez algumas simulações de rendimento em investimentos seguros e com bom rendimento com base nesse cenário, que pode servir de base para outros pais terem uma ideia do rendimento e possibilidades de investimento para o futuro dos filhos.  

Os 18 anos podem parecer distantes, mas uma hora chega e a falta de dinheiro poderá ser um obstáculo para a realização de sonhos como fazer um intercâmbio ou comprar um carro. Uma das formas mais saudáveis para os pais garantirem ou apoiarem na realização desses sonhos, é formar uma reserva financeira. Quanto mais cedo se organizarem, melhor. Assim, a disciplina e o tempo trabalharão a favor do projeto”, afirmou a especialista. 

Liliana Berthier, COO da Lifetime Asset Management
Liliana Berthier, COO da Lifetime Asset Management
Foto: Divulgação

Ela afirma que uma alternativa para a formação desta reserva é o investimento em Tesouro Direto, no caso, o papel Tesouro Selic: “Possui baixo risco e alta liquidez, presente na carteira de investidores conservadores”. 

Por exemplo, considerando uma taxa de 10% ao ano, com aportes mensais de R$ 200,00, ao longo de 18 anos, o filho resgataria aproximadamente R$ 103.600,00 já com o desconto do Imposto de Renda (alíquota de 15%).

Retorno positivo acima da inflação

Ainda segundo Berthier, os títulos atrelados à inflação, como o título público NTN-B (título indexado pelo IPCA), garante um retorno positivo acima da inflação mais uma taxa de juro prefixada. 

Em uma simulação, considerando uma inflação de 4% ao ano e uma taxa fixa de 5,80% ao ano, com aportes mensais de R$ 200,00, ao longo de 18 anos, o filho resgataria aproximadamente R$ 104.000,00 já com o desconto do Imposto de Renda (alíquota de 15%).

Já para um investimento em ativo atrelado ao CDI, o retorno pode ser maior: em um cenário com o CDI em 10% ao ano e uma carteira com perfil moderada com expectativa de retorno de 120% do CDI, aportes mensais de R$ 200,00 ao longo de 18 anos, o filho resgataria aproximadamente R$ 126.300,00, já com o desconto do Imposto de Renda (alíquota de 15%). 

Veja a comparação de rendimento dos títulos de renda fixa, com aporte mensal de R$ 200, ao longo de 18 anos*: 

  • • Tesouro Selic - R$ 103.600,00 
  • • Tesouro IPCA - R$ 104.000,00
  • • Ativo com 120% do CDI - R$ 126.300,00 
  • • Previdência VGBL - R$ 107.250,00

(*) Valores aproximados, considerando as condições descritas no texto. Valores já descontados de imposto de renda. 

Já pensando em aposentadoria

Uma outra alternativa utilizada para a reserva dos filhos são os fundos de previdência, mais conhecidos para aposentadoria, mas que também são opção para o financiamento estudantil, afirma Liliana Berthier. 

“Para o investidor que não possui disciplina, ou sem uma assessoria ativa, pode valer a pena. Importante o investidor avaliar a taxa de administração dos fundos antes da decisão. Uma das maiores vantagens é a tributação que pode chegar a 10% após 10 anos, optando pelo VGBL”, diz ela. 

Para esse caso, considerando um fundo com rentabilidade esperada de 100% CDI, e um CDI de 10% a.a., com aportes mensais de R$ 200,00, ao longo de 18 anos, o filho resgataria aproximadamente R$ 107.250,00 já com o desconto do Imposto de Renda de 10%, alíquota menor do que nas outras alternativas.

Renda variável pode ser alternativa, mas é preciso cuidado 

Apesar de fazer a simulação com ativos de renda fixa, que são os mais seguros, Berthier explica que é possível também escolher uma estratégia mais arriscada, considerando que o investimento será para longo prazo.

“Vale mencionar que o projeto de formar uma reserva financeira tem um horizonte de longo prazo, o qual pode favorecer investimentos com características de risco e liquidez diferenciados, com oportunidade de investir em ativos com maior risco e sem liquidez imediata”, alerta. 

Para quem escolhe esse caminho, a especialista dá a dica: “Na prática, essa reserva não será resgatada no curto prazo, e não importa se a Bolsa caiu ou subiu na semana ou no mês, pois no longo prazo essas oscilações são minimizadas e os retornos tendem a ser melhores que uma carteira formada, exclusivamente, por ativos mais conservadores. Claro que quanto mais próximo o filho estiver dos 18 anos, mais adequado será manter uma carteira conservadora, para que essas oscilações não inviabilizem a realização do projeto.”

Além disso, para complementar o planejamento, Berthier considera importante avaliar a contratação de um seguro de vida com cobertura: “Quando pensamos em garantir o futuro dos filhos, é natural os pais se perguntarem o que aconteceria na sua falta, caso a reserva financeira não esteja completa: meu filho teria recurso suficiente para cursar a faculdade? Caso a resposta seja não, é importante a avaliação e contratação de um seguro de vida com cobertura para a realização do projeto”, afirmou. 

O mais importante é que os pais se organizem e planejem, e para esse planejamento, a recomendação é contar com o apoio de uma assessoria de confiança que tenha como objetivo a construção desse projeto em conjunto com o investidor”. 

O importante é se planejar: “Quanto mais cedo iniciarem, mais próximo os filhos estarão da realização dos sonhos”, finaliza a especialista.

Redação Dinheiro em Dia
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